Sem-terras em movimentos de protesto operando fora do eixo de Carajás não pertencem ao MST. São associados da Fetraf e da Fetagri, dois movimentos que lideram o número de assentamentos no Estado e rarefeitos à radicalização extrema.

A Fetraf (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar) detém o controle de 70% dos assentamentos e, entre suas lideranças, defende o tensionamento desde que o setor produtivo não seja atingido. Ocupar prédios, fechar estradas por alguns horas, como forma de incomodar o governo sempre refratário ao atendimento das reivindicações mais imediatas, são algumas estratégias usadas pela entidade, desde que não haja violência e ameaça de confronto com os setores de segurança.

A Fetagri trafega também por aí.

A propósito, as duas entidades são totalmente contra o fechamento da Estrada de Ferro Carajás e depredação de patrimônios da Vale.

Fetraf e Fetagri atuam consensualmente em muitas ações. E merecem o respeito da sociedade.