Uma universidade de Cingapura utilizou um modelo matemático para projetar quando será o fim da pandemia no Brasil e em outros países do mundo [confira aqui]. Segundo o estudo, o Brasil ainda terá mais algumas semanas dramáticas de enfrentamento ao coronavírus. A situação não ficará amena antes de agosto.

As projeções foram comentadas em vídeo divulgado pelo canal da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com participação do professor Vitor Engrácia Valenti, da Faculdade de Filosofia e Ciências do campus em Marília.

“Esse modelo considerou que estamos vivendo a fase do pico, que era prevista para ocorrer entre meio de abril e meio de maio. Possivelmente, como já estamos sofrendo o colapso no sistema de saúde em alguns estados, o Brasil está vivendo ainda a fase de avanço do pico. Infelizmente nosso país vai sofrer um pouco mais. Medidas preventivas são essenciais nesse momento”, comenta o professor.

No mundo, a previsão é de que a pandemia esteja mais “tranquila” a partir do final de julho, porém as medidas de prevenção – como uso de máscaras e restrições à vida social – serão mantidas até o final de novembro.

O professor da Unesp ressaltou que modelo não tem 100% de garantia, mas é uma previsão matemática, “melhor que futurologia”.

O Brasil tem 105 mil casos de coronavírus e 7.288 mortes. Os dados foram atualizados na tarde desta segunda (4).

 

Confira o vídeo:

 

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NOTA DO BLOGUEIRO:

 

O blogueiro considera um perigo  divulgar esses estudos e projeções, sobretudo quando a autoridade mor do país desrespeita os órgãos de saúde, não cumprindo suas recomendações de isolamento social e estimulando o povo a ir pra tua, normalmente.

E chamo a atenção ao fato de estar reproduzindo a matéria no blog, exatamente para alertar a todos sobre os riscos de afrouxamento do monitoramento individual que cada um de nós devemos ter diante dessa mal que tantas mortes vem provocando.

Leiam o artigo, tirem suas conclusões, mas não  flexibilizem o isolamento.

Acho até que é um  tipo de artigo que respalda  atitude irresponsável e leviana.

Não acredito que tenha sido a intenção do professor, mas podia ter guardado o pensamento pros seus familiares e amigos próximos.

Seria lindo se fosse assim como o gráfico retrata, mas, sinceramente, faltou combinar com os russos.

Modelos matemáticos, em muitos casos, não são respeitados, é sempre recomendável não confiar muito neles.

O problema principal é que eles necessitam uma combinação muito bem feita com os russos (obrigado, Garrincha).

Eles funcionam bem apenas dentro de determinadas condições, que podem não ser bem comportadas.

Nas últimas semanas vimos um grande aumento nos casos e mortes, devido à abertura irresponsável das atividades.

Esse aumento se prenderá comportadamente à curva?

Dez por cento a mais ou a menos de confinamento já mudará o pico e a amplitude da curva.

O uso do modelo, tal como apresentado no artigo, faz parecer que tudo bem, dia tal terá passado o perigo…

Perigosa conclusão a que podem chegar ignorantes (maior parte da população), ainda mais insuflados pelos governantes e (alguns) comerciantes.

 

Além domais, o modelo está considerando apenas os dados oficiais quando, sabemos todos, a subnotificação corre solta por esses todos brasis.

Onde leio sobre a epidemia no país, está escrito que por aqui só testam quem, além dos sintomas, precise ser hospitalizado.

No site do Wordmetter, por exemplo, até agora só houve uma atualização no número de testes aplicados.

Aliás, estatística por estatística, um fato curioso me chamou a atenção: aumenta o número de casos e diminui o número de mortos: a continuar assim, sem qualquer explicação, logo teremos mortos ressuscitando para o segundo-turno da pandemia.