Xinguara

 

 

 

O palco foi armado dentro do Ministério dos Transportes, em Brasília.

Na plateia, claro, políticos de todos os matizes, cada qual imaginando sair de Brasília, de retorno às suas bases, proclamando atribuições de terem resolvido o balacobaco.

O resultado da audiência solicitada pela Amat – Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins – com o governo federal, apelando pela recuperação da cada dia mais vergonhosa BR-155, no trecho Eldorado-Xinguara, todos já devem saber.

O Ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, garantiu que nos próximos dias equipamentos de uma nova empresa estarão iniciando obras de melhorias da estrada.

Explicando bem: a tal empresa a ser escalada  seria a que ficou em segunda lugar, na disputa licitatória das obras de asfaltamento da rodovia federal que teve como vencedor o consórcio Tamasa-Cimcop.

O consórcio desistiu da obra depois de verificar que o preço mínimo da licitação está abaixo dos custos dos serviços, que foram iniciados pela Tamasa-Cimcop em 2015, entre Xinguara e Sapucaia, e paralisados meses depois.

Além da questão do preço, há informações de atraso, pelo governo federal, no repasse das medições.

O pulo do gato de toda essa estória é que, até o dia da reunião da Amat com o MT, o Dnit não havia ainda publicado no Diário Oficial a desistência do consórcio, para chamar a segunda colocada.

Prova de total desinteresse do órgão à consecução dos serviços de recuperação da rodovia federal.

Caso o preço da licitação seja comprovadamente aquém dos custos da obra, constatados  no decorrer dos serviços ali realizados, quem garante haver interesse de outra construtora segurar o pepino?

Essa babado vai se transformar num festival de chove-não-molha,  anotem.

É sugestivo o aguerrido e sofredor povo do Sul do Pará não desarmar os espíritos.

Qualquer sinal de embromação, pau na maricota!

Só vai assim: na pressão.