Ao receber press release da Associação Comercial do Pará relatando Manifesto na cidade de Vigia contra a onda de violência local, o poster lembra papo que teve com motorista de taxi do Rio de Janeiro, 24 horas depois do confronto da polícia com bandidos do Morro da Rocinha, em plena vias de Copacabana, mais precisamente nas imediações das ruas Santa Clara e Toneleros, um quarteirão do hotel onde eu estava hospedado, de terça a quinta-feira desta semana.

O alegre taxista elogiava a política “Lei do Cão” do governador Sérgio Cabral, que privilegia a máxima atira primeiro, para depois perguntar. Ao saber que seu cliente mora no Pará, o motorista fez procedente observação:

– Vai sobrar pra vocês, que moram no Norte e Nordeste. A polícia está ocupando os morros do Rio, afugentando os traficantes para a Zona Sul, obrigando-os a descerem a Ladeira dos Tabajaras, e outras descidas em busca de refúgio. Se o Cabral apertar mais o cerco, corre todo mundo pra Belém, Recife e Goiânia….

Sem saber ele que os principais chefes das organizações criminosas de nossas bandas são exatamente das bandas de lá. Correram antes do cerco.

E se não houver mesmo uma sincronização integrada das policias estaduais, para cercar os fugitivos em suas fronteiras, a violência aumentará ainda mais em nosas ruas amazônidas.