Dias atrás, o poster perguntou a credenciado auxiliar de Ana Júlia se havia alguma possibilidade dela substituir o secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, em decorrência do demonstrado fastio dele em continuar à frente do órgão. “Só se ele não quiser mesmo ficar no cargo”, foi a resposta.
Depois veio a explicação.
Geraldo Araújo, desde o primeiro dia de trabalho, defende a implantação no Pará de uma Polícia de Inteligência como fator de propagação de eficiência na resolução das demais demandas na área de segurança pública.
Do planejamento, e com recursos disponibilizados, Araújo passou à execução, investindo muito em tecnologia e qualificação de quadros humanos.
Há dentro do governo, cada vez mais solidificado, entendimento de que, em menos de dois anos, os números assustadores da violência galopante cairão de forma consistente.
Para se chegar a isso, pelo menos mais cinco concursos públicos serão realizados para seleção de quadros e subsequente treinamento dos novos policiais, com aumento da compra de veículos e estruturação continuada das delegacias municipais.
A convicção de Geraldo Araújo, desde o primeiro momento de implantação da Polícia Inteligente, começou a dar resultados a partir do final do ano passado. A maioria de crimes e prisões efetuadas no Estado é consequência da eficiente malha tecnológica planejada pelo secretário,inclusive com aquisição do famoso software Guardião tão usado pelas polícias de países sabidamente preparados para encarar o crime.
Não é a toa que o núcleo central da polícia paraense comemora, desde oficializado o sucesso da operação, a prisão de Michael Alves Macedo, um dos cabeças da organização criminosa responsável pelo golpe, em todo o país, do carro zero, via Internet.
O sujeito foi rastreado, localizado, e preso em Goiânia, graças ao eficiente serviço dos “arapongas” paraenses.
Na boca do caixa
Observação também sugerida ao poster pelo interlocutor: a redução do número de assaltos a bancos.
Por mais de dois anos seguidos, as agências bancárias, principalmente no interior, sofriem assaltos constantemente. Média mensal era de oito assaltos, tanto em Belém como nos demais municípios do Estado.
Com a estruturação da polícia inteligente, o registro de roubos às instituições financeiras tem caído. O auxiliar de Ana Júlia ressalta que esse tipo de crime, logicamente, não foi sepultado no Pará, mas diminuiu muito.
A razão disso é a antecipação pelo setor de inteligência das ações policiais, com a localização prévia de membros de quadrilhas planejando a tomada das agências.
Cita exemplos: em fevereiro e maio deste ano, bandidos de Goiás e do Ceará, com apoio de criminosos do Estado, planejavam assaltar agências bancárias de Marabá e Tucuruí.
Detectados pelos agentes do NIP (Núcleo de Inteligência Policial), integrantes das organizações, suspeitando de que haviam sido descobertos, conseguiram escapar antes da operação que a polícia organizava para prendê-los.
Anonymous
7 de agosto de 2009 - 01:29Prender e não manter na cadeia pelo período equivalente ao crime cometido, é jogar dinheiro na fogueira. Pode fazer quantos concursos quiser. O problema não é o número.
Seria mais sensato e inteligente, trocar todo o judiciário paraense por um outro mais ávido por trabalho.