A situação financeira do clube que mais devia no Brasil, em 2012, está sob controle.

O Flamengo, dois anos depois da eleição de Eduardo Bandeira de Mello, caminha para se transformar numa potência do futebol mundial.

E essa perspectiva já começou a assanhar a oposição aos atuais dirigentes.

Em 2015 haverá nova eleição para presidência do Clube mais querido do Brasil, e os gatunos de sempre ensaiam uma oposição ferrenha aos atuais dirigentes, principalmente depois que Eduardo fez uma breve prestação de contas do quadro econômico flamenguista.

O último balanço divulgado, referente ao terceiro trimestre de 2013, mostra as  contas do rubro-negro,  sendo saneadas, e a projeção é de que haja um bom fluxo de caixa para 2016/2017. Numa expectativa otimista, pode chegar a R$ 100 milhões limpos para investimentos no futebol ou em qualquer outro esporte.

Resumo da entrevista de Eduardo à imprensa do Rio de Janeiro:

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Queda das dívidas

“No último balanço, referente até setembro de 2013, a dívida caiu de R$ 750 milhões para R$ 577 milhões. Até o fim do ano deve chegar a R$ 562 milhões. Antes, a dívida por torcedor, que é uma das nossas fontes de renda, era de R$18,75. Agora, está em perto de R$ 13. Ao contrário da maioria dos grandes clubes brasileiros, segundo o estudo do Itaú BBA, o Flamengo é o único que teve redução nas dívidas. Nunca vai chegar a zero, nenhuma empresa trabalha com isso. O que temos é o endividamento bom e o ruim. Por exemplo, se pegar financiamento para gerar mais receita, é bom.”

Potência em 2016/2017
Em 2016, começamos a caminhar para sermos uma potência no futebol. Esperamos contar com endividamento público reescalonado (dívida tributária alongada em 20 anos dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal) e trabalharmos com endividamento privado de acordo com a nossa realidade. Podemos comprar um jogador e dividir o pagamento por ele. Isso é uma dívida boa. E, continuando assim, temos a projeção do departamento financeiro de R$ 80 a R$ 100 milhões no orçamento para investimentos.”

Flamengo de 2015

“Vai ser melhor do que 2014, mas não podemos considerar confortável. Teremos mais investimentos no futebol. Alguns penduricalhos da folha de pagamento ficam menos expressivos. Não vai ser o dobro de investimentos em valores, mas talvez em qualidade.”

 

Contratações

“Temos que usar a criatividade e sentimos que os jogadores estão acreditando mais na credibilidade do Flamengo. Existem negociações em andamento, só vamos divulgar mais tarde.”

Atrasos de pagamento

“Cada mês é difícil de fechar com tudo em dia. Estamos com os direitos de imagem de alguns jogadores atrasados (alguns chegam a cinco meses). Mas não é tão expressivo na renda total deles. Eles estão tranquilos porque sabem que vão receber.”

Sócio torcedor

“Hoje já é a terceira maior receita do clube, atrás das cotas de TV e muito perto da Adidas. Atualmente temos 57 mil sócios torcedores no programa (chegou a ter 64 mil após a conquista da Copa do Brasil). O Internacional, que lidera, tem 120 mil. Se tivermos o que eles têm, estaremos no caminho certo. Porém, o processo é lento, tem de ser construída fidelidade maior.”

Contrato com Maracanã
“O Flamengo fica, em média, com 23% da renda, abaixo dos outros clubes, que fizeram contratos com novos estádios. Mas qual era a opção? Para nós, não era vantajoso um acordo como o do Fluminense. O consórcio age também em função do contrato de concessão. Temos de sentar com os outros clubes e o governo do estado para revermos algumas questões.”

Denúncias da oposição

“É acusação gravíssima (um conselheiro da oposição formalizou pedido para que o Conselho Deliberativo investigue denúncia de grampos de telefones pessoais de funcionários e monitoramento de e-mails por uma empresa contratada pelo clube). Nosso departamento jurídico já está estudando processá-los. Imagino que a motivação deles em fazer isso é porque estão de olho no poder do Flamengo. Devem estar vendo que o clube está melhorando e que, de 2016 para frente, o clube estará saudável. A minha preocupação é que o clube não caia em mãos não tão confiáveis. Se não existe nada para descobrir, não vão descobrir nada.”