Para quem pensa que o Caso Novelino se restringe agora à espera de novo julgamento dos criminosos, não é bem assim. Das entranhas de sua cela na penitenciária, Luiz Araújo, envolvido na trama que desaguou no assassinato de Ubiraci e Uraquitã, estaria escrevendo “reminiscências” para serem encaminhadas à imprensa, em formato de cartas. Quem garante é segura fonte do blog ligada ao sistema penitenciário que recentemente se encontrou com o ex-radialista na prisão.
Alguns lances pinçados pelo colaborador, ouvindo os queixumes de Luiz:
Indignação – Araújo se diz esquecido pelos amigos que ele teria ajudado quando gozava de influências segurando microfones nas emissoras de rádio. Cita, nominalmente, conhecido advogado de Belém por este ter se negado a defendê-lo, quando o criminoso pediu a um familiar que o procurasse em nome de antiga tarefa atribuída a Araújo de libertação do então estudante de Direito, acusado de matar transeunte no trânsito da capital, quando deixava a antiga boate Maloca.
Morte à espreita – Revelou que será morto na prisão. Mais dia, menos dia, alguém o tirará sua vida, “a mando da família Novelino”.
Família abandonada – Luiz Araújo se abate mesmo quando começa a falar da família, que estaria abandonada, sem seu apoio.
Chico Ferreira, o alvo – O ex-radialista revelou ter tomado conhecimento de um plano em andamento voltado para “abater moralmente” (sic) Chico Ferreira, com a participação de outros presidiários escalados para estuprá-lo. A fonte do blog garante, no entanto, não haver procedência essa afirmativa dado as condições em que se encontra o criminoso, apontado como sócio de Marcelo Gabriel, vigiado de perto pelo sistema penitenciário e com visitas de familiares e advogado. “Caso isso ocorresse, a opinião pública saberia ato contínuo, com mais um escândalo a se administrar”, diz.
Ex-governador – Luiz Araújo fica nervoso quando fala em Almir Gabriel. “Ele abandonou até o filho quando a Polícia Federal prendeu o Marcelo, como já fizera anteriormente por ocasião do Caso Eldorado do Carajás, mandando a PM desobstruir a estrada a qualquer custo. Fez do mesmo jeito: deixou os oficiais queimando na fogueira, tirando o corpo”, afirma o criminoso.
Sabia de tudo – Demonstrando saber em detalhes as idas e vindas de Chico Ferreira no campo empresarial, Araújo sustenta que Marcelo Gabriel atuava no governo como um verdadeiro preposto de seu pai. “O dinheiro que o Chico lutava para conseguir destinado a sustentar as campanhas eleitorais, grande parte era repassado ao Marcelo, que posteriormente entregava aos candidatos indicados pelo próprio Almir Gabriel. Quando não fazia pessoalmente, o Marcelo usava secretários do governo do Estado indicados pelo pai”.
Verdades & mentiras – A segura fonte do blog não tem dúvidas de que grande parte das declarações de Luiz Araújo é verdadeira. Outras, expostas em meio a fragilizada condição de presidiário recente, são invencionices. Decifrar nesse cipoal o que é verdade e mentira, eis o grande desafio que se impõe.
O ex-radialista está disposto a criar um canal de comunicação com a imprensa do Pará, liberando mensalmente cartas com revelações do que ainda não teria dito.
Será que ele ainda tem coisas escondidas a dizer?
Hiroshi Bogéa
6 de janeiro de 2008 - 14:505:19 PM, eu sei bem dessas andanças do Chico pelo município. Acho numa curva qualquer das investigações, alguém do Pebas será ‘chupado’. .
Um abraço, parceiro.
Hiroshi Bogéa
6 de janeiro de 2008 - 14:47Val, melhor deixar pra lá. Prá lá, melhor deixar. Eh eh eh
Abs
Anonymous
3 de janeiro de 2008 - 20:19Hiroshi,
Em Parauapebas esperamos ansiosamente que a operação Rêmora seja concluída, pois se o atual e a ex-prefeita não aparecerem nessas investigações a própria operação não merecerá crédito. Acontece que aqui nós sabemos como tudo funciona e afirmamos que é “impossível” uma operação que resulta na prisão de Chico Ferreira e de Luiz Fernando e a cidade de Parauapebas sair incólume.
É muito estranho a prefeitura de Parauapebas sequer ser citada. Estranho mesmo!
Ou a PF está preparando o bote final, espetacular, como ocorreu no Maranhão, ou a instituição é mais uma das que sucumbiram à força dos “royalties” do ferro de Carajás.
Aqui falar em MPE, Polícia Civil, TCM, Câmara de Vereadores e Judiciário é falar de ficção. A esperança é a CGU e a PF.
Val-André Mutran
3 de janeiro de 2008 - 19:36Esse rapaz não pode se queixar de nada.
Usufruiu o do bom e do melhor.
Que um mosruito ente no seu calção. Belisque aquilo e ele seja amaldiçoado para seu braços ficarem curtos para não espantá-lo.
Que Chico e sua corja tenha…Deixa prá lá Horoshi…
…E que esses Novolinos fiquem espertos. Pois de santo, nem santo antão.
O Fogo da terra é quente meu irmão.