Os médicos paraenses não estão dispostos a entrar em barca furada.

A decisão de não aderir à  paralisação nacional chamada para a próxima segunda-feira pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) contra o projeto do Programa Mais Médicos, sinaliza que o bom senso da classe, no Estado, prevaleceu.

Em nota,  o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) informou que prefere utilizar outras vias para se opor ao Programa Mais Médicos, do Governo Federal.

Para o Sindmepa, paralisações e greves prejudicam ainda mais o deficiente atendimento da saúde pública em Belém.

Em suas últimas ações contra o Mais Médicos, os paraenses preferiram doar sangue no Hemopa e realizar o atendimento gratuito, na praça da República, com testes de pressão arterial e glicose aos visitantes para chamar a atenção.

“A nossa posição sobre paralisações é que elas têm que ser usadas com muitos critérios, devido aos prejuízos para a população. A greve é o recurso extremo. Nós só participamos quando esgotadas todas as possibilidades de negociação”, disse  o diretor de finanças do Sindmepa, Waldir Cardoso.

No entendimento do dirigente sindical, a deliberação por paralisações ou greve deve ser tomada pela categoria em assembleia geral e não pela diretoria do sindicato.