Dados oficiais indicam que 43,31% dos casos de malária tratados em Marabá têm origem em municípios vizinhos. Das 4.699 lâminas examinadas entre janeiro a setembro deste ano, somente 683 tiveram resultado positivo, sendo 389 autóctones (56,9%) e 294 de outras origens.

No período de maio a julho aconteceu a maior incidência da doença na região, com 320 casos positivos, apesar de nos meses de janeiro e fevereiro tenha ocorrido maior quantidade de exames (931 e 725), dos quais 73 e 57 positivos, respectivamente; o que supõem os técnicos em saúde que haja uma correlação com a dengue, que tem alguns sintomas semelhantes e também teve seu pico no primeiro trimestre/2011.

É provável que na próxima reunião da CIB (Comissão Intergestora Bipartite) volte a ser discutida a transferência do controle da malária do Estado para Marabá, considerando que os dados requerem prioridade. No entanto, o secretário de Saúde de Marabá, Paulo Geraldo Souza, deverá argumentar contra essa proposta, levando em conta diversos fatores, especialmente recursos humanos e de logística empregados no controle da doença.

O ideal, de acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, seria os municípios que enviam seus doentes para Marabá desenvolvessem condições de cuidar de seus pacientes com malária, assumindo os dados da doença em seus territórios, o que iria desonerar Marabá. Porém, como o SUS é universal, provavelmente o tratamento da doença continuará como está: o município segue parceiro do Estado, dividindo a responsabilidade, mas sem assumir na totalidade a malária.

Com informação da Secom