Quem tem boa memória deve lembrar dos anos 80, quando escritórios de pistolagem mantinham filiais em quase toda as cidades do Sul/Sudeste do Estado.

Assassinatos ocorriam em plena luz do dia, quase que diariamente.

Uma das mortes mais destemidas, ocorrida em plena avenida Antonio Maia, de Marabá, ao meio-dia, à porta do antigo Banco Bamerindus,  lembrava o Velho Oeste norte-americano.

Um garimpeiro famoso, “Nelsão”, foi morto quando saia do banco.

Pistoleiros saíram de uma camionete, dispararam vários tiros na vítima, fugindo calmamente, em seguida.

Dizia-se, à época, que “Nelsão” também comandava uma organização criminosa.

O crime contra o crime.

Um dos pistoleiros mais famosos, Sebastião “da Terezona”, fazia seu nome nos quatro cantos da região, tirando vidas a favor de desafetos que o contratavam.

As mortes, nos últimos dois anos, por assassinatos,  de prefeitos, advogados, empresários e outras personalidades, na região, resgata o velho filme.

A pistolagem imperando à solta.

A última vítima, o advogado Mário Pinto, assassinado ontem (7) à noite em São Félix do Xingu, faz parte do roteiro macabro das organizações criminosas na região.