Em artigo publicado em seu blog, o secretário de Governo de Parauapebas, Keniston Braga, faz oportuna exposição sobre a importância da Hidrovia Araguaia-Tocantins,  que há vários anos tem pedido de liberação do EIA/RIMA para início das obras, engavetado em algum gabinete do Ibama.

Keniston defende com veemência o início do derrocamento do Pedral do Lourenção, pontapé para que a hidrovia tenha sua primeira fase deflagrada.

Lembrando que a hidrovia “será uma das maiores rotas fluviais para transporte de cargas do mundo com cerca de 3.000 km de extensão, que vai das nascentes dos rios que a formam até nossa capital, Belém”, o secretário de Governo esclarece que proposta a obra é aumentar a disponibilidade de navegação da Hidrovia Tocantins viabilizando o tráfego de embarcações.

“Formada pelos rios Tocantins, Araguaia e das Mortes, com 409 municípios em sua área de influência, a hidrovia se espalha por uma área com mais de 967 mil KM² nos estados de Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins e no Distrito Federal”, especifica Keniston, realçando em parágrafo seguinte  como as cargas serão transportadas.

“As cargas serão transportadas através de comboios de 9 barcaças e cada comboio poderá transportar 19 mil toneladas de carga. Isso equivale a 191 vagões da Estrada de Ferro Carajás ou 708 carretas rodoviárias. Assim, mais de 20 milhões de toneladas anuais apenas de grãos e minérios (em especial, ferro e petróleo), além de outros produtos, passarão por aqui.

A hidrovia vai permitir o transporte contínuo mais rápido, barato e eficiente de mercadorias entre o Centro-Oeste e o Norte do País. As cargas, que hoje são levadas e trazidas através dos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP), vão entrar e sair pelos portos de Belém, reduzindo em mais de 2 mil km a distância que hoje é percorrida por trens e caminhões, reduzindo em quase 60% as emissões de gases que produzem o efeito estufa e gerando uma economia anual de cerca de R$ 9 bilhões em logística de transporte e manutenção de rodovias”, escreve o secretário da prefeitura de Parauapebas.

Ao final do post, Keniston faz a  pergunta inevitável:

“Com tantas vantagens, por que, então, (a derrocagem) nunca foi do papel à realidade?”

 

Leiam o texto completo de Keniston Braga,   A Q U I.