Vereadora Julia Rosa (PDT), presidente da Câmara Municipal, conversou com o blog sobre a lista de demissões de servidores, que está em fase de elaboração, abordando também a suposta crise entre a presidência e os vereadores.

Mais tarde, aqui no blog, a versão da parlamentar.

—————-

Atualização às 10:06

Vereadora Júlia Rosa  deu sua versão sobre a suposta crise existente na Câmara Municipal.

“Se tem uma pessoa aqui dentro da CMM que dialoga com os colegas, essa pessoa sou eu, exercendo o quarto mandato como presidente da casa. Se eu não tivesse um perfil democrático, não teria, também, a confiança de meus pares, razão pela qual fui eleita várias vezes presidente”.

Em relação as insinuações de que ela estaria  dirigindo o parlamento sem a  transparência necessária, a parlamentar  responde dizendo que as contas da gestão dela à frente da presidência da Câmara Municipal encontram-se no Portal da Transparência.

“Nossas contas são públicas, basta a pessoa interessada em nos fiscalizar, acessar o Portal da Transparência, que lá encontrará  o fluxo de caixa de nossa gestão”.

A famosa lista de demissão de servidores, pomo da discórdia, é uma realidade.

“Chegamos a um ponto de desequilíbrio. Os ajustes são necessários, caso contrário teremos problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a própria funcionalidade do parlamento”, explica Júlia.

Ela só não admite ser acusada de estar agindo de forma ditatorial e sacrificando apenas servidores ligados a seus colegas.

“A divisão desse ônus tem que ser conjunto, não existe nenhum verdade nessa história de que eu estou protegendo apadrinhados”, garante.

Também refuta  informação de que ela teria procurado a imprensa com uma lista de demissionários, sem debater o conteúdo junto com os demais vereadores.

“Isso não é verdade. A lista não foi feita e ela será debatida, primeiro, com a mesa diretora. Depois, faremos um encontro com os demais vereadores, cuja maioria encontra-se ausente da cidade”, conta.

Ao ser questionada se o desequilíbrio das contas da Câmara não estaria ligado ao exagerado quadro de oito vereadores a mais, em relação ao número anterior de cadeiras disponíveis, totalizando atualmente 21 parlamentares, Júlia evitou aceitar a provocação – mas insinua que o orçamento do município de Marabá não comporta a dimensão dada ao conjunto atual de vereadores.

“Não quero entrar nessa seara, mas é preciso entender que para se fazer frente a novas despesas,  exige-se mais receita, e isto não está ocorrendo”.

Trocando em miúdos, a mesa diretora da Câmara irá, realmente, proceder demissões na casa, cuja média salarial é de R$ 1.500,00.