Assegurar os empregos atuais dos quase quatro  mil trabalhadores  contratados nas  siderúrgicas  Ibérica, Sidepar e Sinobras; agilizar ações que viabilizem  a reativação futura de pelo menos mais duas guseiras, para a contratação de mais 1500 pessoas; e, numa ação conjunta da prefeitura com as entidades representativas do setor produtivo , fazer gestões em Brasília para que as obras da hudrivia sejam iniciadas no segundo semestre de 2013;

Compromissos acima foram fechados pelo prefeito eleito João Salame com os empresários marabaenses, durante reunião ocorrida no auditório da Sinobras, na tarde de sexta-feira, 30.

A iniciativa do encontro partiu do próprio prefeito, que solicitou a reunião para discutir estratégias do poder público voltadas a garantia dos empregos existentes e reabertura de novas vagas. “Pela primeira vez nós tivemos a satisfação  de reunir com um prefeito eleito de Marabá, disposto a encarar os graves problemas que ameaçam o futuro do município.  A reunião solicitada pelo Salame foi muito importante,  e já está provocando,  como efeito imediato, empolgação entre os colegas do setor produtivo, que veem na figura do prefeito eleito a liderança política que faltava para guiar os destinos da cidade”, revela Gilberto Leite, diretor da Associação Comercial e Industrial de Marabá.

Durante reunião. que contou com a presença de dezenas de empresários, ficou decidida a formação de um Grupo de Trabalho para alinhavar os caminhos a serem percorridos, com elaboração de documento final destinado ao prefeito com o planejamento de ações.

Antes da reunião com os empresários de Marabá, João Salame já havia ditado a forma como atuará em defesa dos interesses da região.

Durante discurso que fizera, na quinta-feira,  29, por ocasião  do seminário organizado pela Famepa (Federação dos Municípios do Estado do Pará), que contou com a participação dos 39 prefeitos eleitos da região Sul/Sudeste.

“Precisamos mudar nossa postura na relação com os governos estadual e federal bem como com o Vale. Eu quero  dizer que sou aliado do governo federal, mas se tiver que ocupar a Transamazônica para garantir que ela seja pavimentada, eu topo”, disse Salame.

Falando sobre a relação da Vale com os municípios que sofrem intervenções por causa da  exploração minerária na região, o prefeito eleito foi curto e grosso, ao ser comunicado de que a mineredora concluiu projeto de construção de uma segunda ponte sobre o rio Tocantins, sem destinar espaço para o tráfego rodoviário  “Ou sai uma ponte rodoferroviária, como a existente atualmente, ou vai ter guerra civil aqui na região, pelo menos enquanto eu for prefeito, A gente não vai aceitar de forma alguma o contrátio”, disse João Salame, sob aplausos demorados da plateia.

Também mandou recado ao governo do Estado

“O governador está vindo aqui em Marabá na próxima semana. Se vier trazer  benefícios para a região, terá nosso total aplauso. O que não pode é fazer como da última vez  em que ele esteve aqui, quando eu reuni vários prefeitos, inclusive o de Novo Repartimento,  e ele assumiu o compromisso de trazer  asfalto para o município, mas pelo que eu sei, isso nunca foi feito. Esse tipo de comportamento não nos serve mais”, finalizou Salame.