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Passava um pouco das 16 horas desta quarta-feira (13), quando o prefeito de Marabá, João Salame Neto desembarcou no aeroporto de Marabá, para reassumir o cargo do qual havia sido afastado por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará. A contestada decisão acabou sem efeito por conta de uma medida liminar concedida pelo ministro Henrique Alves, do Tribunal Superior Eleitoral, que determinou a imediata reintegração de João ao cargo.

O prefeito foi recebido por centenas de correligionários no aeroporto (fotos acima) , concedeu entrevista coletiva aos órgãos de imprensa e, em seguida, partiu em um trio-elétrico, acompanhado por uma grande carreata até o Paço Municipal, sede do governo, onde o esperavam outros manifestantes (fotos abaixo).

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Em frente à sede do governo municipal diversas autoridades manifestaram seu apoio e satisfação pelo rápido retorno do prefeito ao cargo. Lideranças comunitárias e vereadores prestaram solidariedade ao prefeito e reafirmaram a disposição para lutar pela continuidade do projeto de governo vitorioso nas eleições do ano passado (foto abaixo).

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Falando em nome do secretariado, Beto Salame, titular do Planejamento (foto abaixo), foi enfático ao afirmar que “existe o dedo de Simão Jatene” no processo que tentou cassar o mandato de João Salame. “Este momento é de festa e comemoração. Afinal, o TSE recolocou as coisas nos seus devidos lugares e respeitou a escolha do povo de Marabá, mas precisamos lembrar que o governador do Estado, que foi contra a criação do Estado do Carajás, contra nosso sonho de liberdade, também é contra o João e nas próximas eleições vamos responder dando um grande não a esta forma mesquinha de governar”, disse Beto.

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Falando em seguida, o vice-prefeito Luiz Carlos Pies  (foto abaixo) lembrou a coragem de João. “Não conheço, na história do País, um homem que tenha tido a coragem que o João tem. Não é fácil enfrentar um esquema tão poderoso e que envolve interesses tão grandes. Tenho orgulho de ser vice do João”, disse.

Luiz também refutou o que chamou de “intrigas” e lembrou que nestes dez meses de governo, sua relação com João tem sido cada vez mais harmoniosa. “Esta aliança foi firmada para durar 20 anos e as pessoas estão vendo que o time da Dilma e do Lula já está fazendo, unido, as mudanças que Marabá precisa”, afirmou o vice. ”Estamos vivendo uma verdadeira guerra e precisamos ficar cada vez mais unidos para conseguir derrotar nossos adversários no plano estadual”, complementou.

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Por fim foi a vez de João falar e ele começou agradecendo a todos que, de uma forma ou de outra, lhe deram forças para enfrentar o que considerou “alguns dos piores dias” de sua vida.

“Não tenho apego a cargos, mas, que mais machucava era ver triunfar a injustiça, era sentir-se impotente diante do que acontecia”, disse João, revelando que passou noites acordado avaliando e ponderando sobre seus próximos passos. “Sempre que pensamentos negativos apareciam, eu ganhava força dos milhares de mensagens de estímulo e apoio, vindas através das redes sociais ou em mensagens enviadas para o meu celular. Foram milhares”, afirmou.

Entre aqueles que estiveram ao lado de João, o prefeito ressaltou o apoio recebido da Câmara Municipal de Marabá, da bancada federal do Pará e do MST. “Agradeço de coração aos vereadores que formam a Câmara que, independente de diferenças existentes, me apoiaram de forma unânime. Diversos parlamentares também estiveram ao meu lado, em especial os deputados Claudio Puty e Asdrúbal Bentes, além do senador Jader Barbalho. E uma mensagem que me emocionou de forma especial foi a do MST, que não costuma apoiar prefeitos. A todos eles o meu muito obrigado”, disse João

João contou que esteve  no Conselho Nacional de Justiça em Brasília e, ontem, 13,  pela manhã, na Polícia Federal em Belém, entregando novas denúncias que chegaram até ele, envolvendo corrupção no Judiciário paraense.

“Antes de tomar a decisão de denunciar, precisei ponderar se seria covarde e me calaria, ou se, seguindo a educação que meus pais me deram, teria a coragem de fazer a coisa certa. Escolhi fazer a coisa certa e denunciei a corrupção, até como forma de valorizar os juízes e desembargadores sérios, ajudar a Justiça Eleitoral a livrar-se dessa praga e honrar a confiança dos milhares de eleitores”, afirmou.

Em seguida. João elogiou a postura do vice-prefeito Luiz Carlos. “Luiz tem sido um companheiro firme, aliado e comportou-se nessa crise de forma digna e correta”, disse.

Salame fez também defesa veemente da presidente Dilma Rousseff. “Hoje, é inegável que a vida melhorou com Lula e Dilma. Cada vez mais os pobres, que sempre foram esquecidos passam a ter acesso às universidades, à casa própria, aos programas de transferência de renda que tiraram da miséria milhões de brasileiros. Isso não pode ser esquecido e precisamos apoiar este governo que vem fazendo muito pelo País”, garantiu.

As palavras mais duras do discurso emocionado de João Salame ficaram para o governador do Estado, Simão Jatene (PSDB).

“Enquanto acabei de receber a garantia que teremos mais de R$ 200 milhões em investimentos federais, liberados pela presidente Dilma, até hoje não recebemos um centavo sequer do Governador Jatene, não assinamos um único convênio com o Governo do Pará”, frisou João ao reafirmar sua disposição em permanecer na oposição ao tucano paraense.

“O apoio que recebi da população de Marabá não tem preço e só reforça minha disposição em honrar o voto da maioria dos marabaenses e trabalhar dobrado para fazer de Marabá a cidade que sonhamos e que nosso povo merece”, finalizou o prefeito de Marabá.

Logo após o discurso, João Salame foi homenageado com música e dança por cerca de 70 integrantes do projeto Conviver que fizeram questão de abraçar o prefeito e desejar-lhe boa sorte à frente da Prefeitura de Marabá. (Ascom)

 

Fotos de Alex Nery e Helder Messias