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Simão Jatene esteve na cidade de Moju (fotos) verificando de perto a ponte sobre o rio,  que teve seus pilares atingidos por uma balsa que transportava dendê, da área da Agropalma.

Acompanhado do prefeito da cidade, Deodoro Pantoja; dos titulares da Secretaria de Estado de Transporte (Setran), Eduardo Carneiro, e Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), Pedro Abílio do Carmo, o governador realizou um sobrevoo na região e inspecionou pessoalmente a travessia dos veículos.

Na visita, Simão Jatene acompanhou o trabalho para melhorar o acesso dos veículos à rampa das balsas e afirmou que o Governo do Estado vai disponibilizar toda a estrutura possível para diminuir os engarrafamentos dos dois lados da ponte. Segundo Jatene, o Estado já contratou “os melhores profissionais para encontrarem a equação de recuperação da ponte e estratégias que precisam ser utilizadas para não gerar mais impactos negativos para a população”.

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Novas rampas – De acordo com o engenheiro Osmar Sampaio, diretor de transportes terrestres da Setran, o governo tem intensificado as medidas para desafogar o engarrafamento no local. “Pelos nossos estudos preliminares, verificamos que as principais causas dos congestionamentos nos dois lados da ponte têm sido o deslocamento de carretas na rampa de acesso às balsas. Em média, cada carreta tem demorado de 15 a 20 minutos para se acomodar na balsa. Por isso, estamos priorizando urgentemente a construção de rampas exclusivas para esses veículos”, garantiu o engenheiro da Setran.

As duas rampas exclusivas para veículos de grande porte devem ser construídas ainda esta semana. Com isso, a Secretaria de Estado de Transporte pretende desafogar a fila de veículos para a travessia, que vem se intensificando devido ao tempo de espera da balsa. “Com a construção dessas novas rampas, que vão ser instaladas em uma área já demarcada pela Prefeitura de Moju, o Governo vai diminuir o tempo de espera na travessia e os veículos menores não terão que esperar as carretas na fila da rampa, pois eles vão usar os acessos exclusivos”, ressaltou o técnico da Setran.

 

Mais duas balsas farão o transporte de passageiros e veículos, gratuitamente, na extensão de 500 metros do rio Moju, enquanto o conserto da ponte não é concluído – e cuja previsão é de seis meses a partir de amanhã. 

Desde a tarde de segunda-feira, 24, duas balsas estão operando gratuitamente. Porém, não são suficientes para atender a demanda. Estimativas da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) indicam que, diariamente, de dois a cinco mil veículos passavam pela ponte. O resultado são longas filas de veículos esperando embarque, variando de três a cinco quilômetros de extensão. A capacidade de cada balsa é de uma média de 12 veículos de carga pesada ou cerca de 60 veículos pequenos.

Muitos condutores esperavam para embarcar na balsa por mais de dez horas, como o caminhoneiro Dalton Gil Soares, de 52 anos, testemunha do momento em que a ponte quebrou. Às 11h30 de ontem, ainda estava esperando na fila. “Cheguei 1h. Estou indo para Moju. Já era para ter chegado há muito tempo. De madrugada todos estavam com medo de assaltos. Estávamos parados e no escuro”, disse. Comentários eram de que três caminhoneiros foram assaltados na madrugada de ontem.

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Usuários relataram, ontem, que as duas balsas não estavam operando simultaneamente e por isso a fila estava longa. “Parou 0h só voltou às 6h. E uma balsa deu problema. Somente uma estava operando”, afirmou o policial militar Waldemir Pereira, de 45 anos, preso na fila enquanto tentava chegar em Jacundá para iniciar o expediente. Enquanto a reportagem esteve no local, somente uma balsa era vista na maior parte do tempo. Agentes da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) não confirmaram e garantiram que ambas estavam operando sem paradas.

Somente ambulâncias conseguiam a prioridade de passagem, mas mesmo assim precisam enfrentar a desordem no meio da fila da balsa pelo espaço apertado demais para ser usado como via de mão dupla.

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Acessos quase intrafegáveis – A principal rota alternativa para quem parte da Região Metropolitana de Belém para chegar a Moju e municípios vizinhos é pela Perna Sul da Alça Viária, que leva a Acará, para depois se acessar a rodovia PA-252 (Acará-Moju). Muitos condutores não arriscam a passagem por lá, já que pelas condições de trafegabilidade, somente carros com tração 4×4 têm mais mobilidade pelo solo de terra e muito acidentado. Há ainda duas pontes de madeira, num estado de conservação ruim.

O acesso pela PA-252 é de fato ruim. A equipe de reportagem conferiu e comprovou que as condições da pista são inadequadas para tráfego intenso de veículos. O motorista Ivan Duarte demonstrou preocupação e recomendou: “Não dá para andar a mais de 20 quilômetros por hora aqui. Muitos buracos e lama. Se chover fica pior ainda”. A pista até tem sinalização, mas somente de limite de velocidade de 60 km/h, o que para ele parecia uma piada de mau-gosto.

Testemunhas depõem  – O delegado Felipe Schmidt, da Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu), que apura as causas da colisão em que uma balsa destruiu a quarta ponte da Alça Viária, sobre o rio Moju, colheu ontem os depoimentos de mais três tripulantes da embarcação. Na véspera, o imediato Paulo Ronaldo dos Santos, que pilotava a embarcação, o comandante e o contramestre, em depoimento, afirmaram que a correia do sistema hidráulico do leme se rompeu, o que reduziu a capacidade de manobra da balsa, não havendo tempo suficiente para evitar o choque com o pilar de sustentação da ponte. Ontem foi realizada perícia na embarcação por técnicos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.

O diretor da DPFlu, delegado Dilermando Dantas Júnior, anunciou que será feita uma reconstituição na madrugada do próximo sábado, 29, usando a mesma balsa no local da colisão, com equipes do Grupamento Fluvial e de peritos criminais. “Vamos fazer a reprodução simulada às 4 horas, quando teremos a mesma tábua de maré da ocasião do acidente, ou seja, teremos as mesmas condições naturais para verificar o que realmente aconteceu”.

O inquérito policial investiga o dano ao patrimônio público, verificando se houve dolo eventual por quem parte pilotava a balsa. O delegado Felipe explica que, conforme a lei, só caberia responsabilidade criminal em caso de comprovação de dolo, ou seja, se a colisão que levou aos danos for intencional. Caso essa possibilidade não seja comprovada, cabe responsabilização apenas na área cível. Também será apurado se houve exposição da embarcação a perigo ou tentativa de impedir ou dificultar a navegação fluvial, cuja pena prevista é de reclusão, de dois a cinco anos. A embarcação pertence à Companhia de Navegação da Amazônia (CNA) e estava a serviço da Agropalma e transportava óleo de dendê. “Eles estavam viajando havia nove horas. Tinham saído ás 13h30 do domingo do porto da Agropalma, no alto rio Moju”, disse Dilermando.

Os primeiros a prestar depoimento, na última segunda-feira, 24, foram Paulo Ronaldo, o comandante Ezequias Pinheiro Inglish e o contramestre Robson Ferreira Martins. Prestaram depoimento ontem o condutor de máquinas Mário Soares dos Reis, o marinheiro de máquinas Raimundo Nonato Lima Miranda e o cozinheiro Gelásio Salvador Marinho, que seguiam viagem na embarcação. O teor desses novos depoimentos não foi revelado. Outros depoimentos ainda serão coletados.

Os peritos CPC examinaram a balsa envolvida no acidente, que estava tracada no Grupamento Fluvial, situado na rodovia Arthur Bernardes às margens do rio Guamá. A perícia observou o sistema de comando do empurrador da balsa para verificar se houve pane no equipamento. A embarcação apresenta visíveis danos na lateral, que seriam resultantes da colisão com o pilar. Não foi informada a previsão de quando o laudo da perícia ficará pronto.

 

Longas filas de veículos, pegando desvio rumo ao porto das balsas.
Longas filas de veículos, pegando desvio rumo ao porto das balsas.

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 Com informação da Agência Pará/ Fotos de SIDNEY OLIVEIRA