Sem dizer o nome do senador Jader Barbalho e de seu conglomerado de Comunicações, Simão Jatene desceu o malho nas matérias que a RBA vem publicando com acusações ao governo do Estado de supostas irregularidades na aplicação da chamada Taxa Mineral,

 

Governador  foi contundente no programa semanal de rádio “Prestando Contas”, acusando os ataques que vem sofrendo por parte do grupo de comunicação como represália pela sua decisão de afastar dos cargos que ocupavam no governo estadual, todos os apadrinhados de Barbalho.

 

“Em represália, o grupo, por meio de seu jornal de circulação diária, tenta, a todo custo – até mesmo jogando por terra a ética profissional – desqualificar o governo e denegrir o governador.”, afirmou Jatene, declarando “que esse grupo de comunicação é acostumado a pressionar governos e atacar, com base em mentiras, quando tem seus interesses contrariados”.

Disse mais:

“Perdendo toda a noção de limite, eles têm destilado o ódio e subestimando até a inteligência da nossa gente, apostando que nos intimidam ou que vão enganar a população, chegando ao absurdo de publicar uma foto de um hospital em Honduras e dizer que era da Santa Casa. Cheguei a alertar que poderíamos esperar qualquer coisa de quem foi capaz de praticar ato tão lamentável”.

 

Simão Jatene tachou de “covardes” as últimas veiculações feitas pelo grupo de comunicação, que estaria usando  o duplo sentido como escudo contra ações judiciais.

 

“O grupo vem repetidamente falando em desvio na utilização da taxa mineral, insinuando de forma dúbia o uso indevido. Sem poder dizer que a mesma tem sido utilizada para enriquecimento pessoal, já que todos que nos conhecem sabem como vivo, e que, apesar dos cargos que ocupei, jamais tive ou pretendi ter rádios, televisão, jornal, até por saber que é impossível montar um império de comunicação apenas com salário de político ou de servidor público. Essas pessoas falam em desvio, insinuando apropriação fraudulenta, mas sequer conseguem apontar o uso inadequado dos recursos enquanto gasto público”, afirmou.

 

Ao se reportar à Taxa de Mineral, tecnicamente denominada  TFRM (Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento dos Recursos Minerais do Estado), Simão explicou que o tributo é pago pelas grandes mineradoras, e seu objetivo é fiscalizar o setor mineral e melhorar as condições de vida da população afetada por esta atividade.

 

“A taxa mineral foi adotada também em Minas Gerais. A criação da taxa, depois de muita luta, foi uma grande vitória, não do governador, mas do Pará, que cada vez mais precisa aumentar a sua capacidade de fazer com que a atividade mineral gere estradas, hospitais, escolas, segurança e outros benefícios para a nossa gente”, ressaltou.

 

Jatene também lembrou que muitos políticos traçam suas trajetórias apenas com críticas, mas nada produzem de concreto para beneficiar a população.

 

“Há muito tempo se fala da nossa crônica falta de recursos financeiros e das nossas enormes carências. Mas não basta constatar e reclamar; não bastar fazer ofício. É preciso trabalhar, fazer estradas, hospitais etc., e também criar mecanismos de acompanhamento e controle, para que as atividades produtivas sirvam a toda a sociedade, e não apenas a alguns grupos. É necessário buscar novas fontes de recursos permanentes, que permitam realizar obras e serviços, independentemente de quem seja o governador. É necessário criar condições de superação da pobreza e da desigualdade. É absolutamente fundamental pensar na população, e não apenas no discurso, cujo objetivo é simplesmente a próxima eleição”. 

Simão Jatene falou ainda sobre as reuniões que teve em Brasília (DF) com a bancada federal do Pará, nas quais foi discutida a posição do Estado em relação ao novo Marco Regulatório da Mineração, que está sendo apreciado pelo Congresso Nacional. O governador lembrou que os parlamentares ligados ao grupo de comunicação sequer foram participar da reunião.

 

“Mesmo entendendo o ódio que aflige as almas pequenas quando contrariadas, é triste constatar que esse grupo político, que serve e se serve do império de comunicação que agora parece tão interessado na taxa mineral, além de não comparecer à reunião sobre a mineração, tenta, de forma repetida e desmedida, confundir a população. Ao tentar dizer que é desvio utilizar a taxa para fazer estrada, ao tentar dizer que é errado utilizar a taxa para a construção de hospitais, o que pretendem esses políticos que se dizem defensores dos interesses do povo? A quem, efetivamente, estão servindo? A melhor resposta para esses que não fazem e, quando contrariados, tentam atrapalhar quem faz, é concluir a Avenida Independência; avançar na reconstrução da Alça Viária e da PA-150; continuar a construção do estádio de Santarém e do Centro de Convenções de Marabá; acelerar o asfaltamento da PA-255, a primeira estrada asfaltada da margem esquerda do Rio Amazonas; concluir a implantação da Unidade de Tratamento de Câncer em Tucuruí (no sudeste paraense); avançar na construção de mais de 30 escolas, cada uma com 12 salas de aula; avançar no asfalto na cidade; nos orgulharmos da nova Santa Casa; continuar aumentando o  número de pessoas – até agora mais de 10 mi – já operadas de catarata; continuar distribuindo cheques moradias para as pessoas que mais precisam. A melhor forma de mostrar que, por maior que seja o poder que tenham ou pretendem ter essas pessoas, ele será sempre menor que aquele que vem da nossa gente, da população”, afirmou o governador, acrescentando que é preciso a união de todos em defesa do Pará. “Que Deus nos ilumine e dê sabedoria para afastar o mal de nossa vida”.