Os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes já são obrigados a usar o pregão eletrônico para comprar bens e serviços com recursos de convênios com a União e demais transferências voluntárias.
A nova regra abrange 665 cidades e vale para a aquisição de mercadorias e de serviços usados no dia a dia.
Apenas as obras estão fora dessa modalidade de contratação.
Em 6 de abril, o pregão eletrônico se tornará obrigatório nos municípios de 15 mil a 50 mil habitantes.
Em junho, será a vez de as cidades com até 15 mil moradores adotarem o sistema.
O cronograma foi estabelecido pela Instrução Normativa 206, editada em outubro do ano passado, pelo Ministério da Economia.
Desde outubro, a obrigação vale para os estados e o Distrito Federal.
Segundo dados do Ministério da Economia, o pregão eletrônico aumenta a economia de recursos públicos de duas maneiras.
A primeira é a ampliação da concorrência.
Ao permitir a participação de empresas de todo o país nas licitações, o sistema aumenta a oferta.
Na avaliação do órgão, em vez de comprar apenas na região, a prefeitura pode comprar de todo o país, escolhendo o preço mais vantajoso.
Caberá ao fornecedor oferecer o frete mais barato e o menor preço, no caso de uma prefeitura adquirir bens de regiões distantes.
Na visão do ministério, a responsabilidade, que muitas vezes era do Poder Público, passa para o vendedor.
A segunda vantagem listada: o pregão eletrônico é um sistema mais transparente, que registra todas as transações. As informações estarão disponíveis para o cidadão acompanhar.
Os municípios interessados podem registrar as aquisições com recursos de transferências voluntárias diretamente no Sistema de Compras do Governo Federal (Comprasnet).
A ferramenta está integrada à Plataforma +Brasil, criada em setembro do ano passado para informatizar a prestação de contas de transferências federais voluntárias recebidas pelos entes locais.
Caso o município não queira usar o Comprasnet para fazer as aquisições e recorra aos sistemas próprios, o pregão eletrônico será registrado na Plataforma +Brasil na prestação de contas.
Atualmente, a Plataforma +Brasil registra nove modalidades de utilização de recursos de transferências federais.
O Ministério da Economia pretende estender a prestação eletrônica de contas a todas as 30 modalidades nos próximos meses.