Durante reunião ocorrida ontem, 16,  na Câmara Municipal, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Ítalo Ipojucan, foi claríssimo, ao ratificar o que ele tem dito nos últimos dias a respeito da implantação, no Distrito Industrial, da Alpa – projeto siderúrgico da mineradora Vale que se encontra sobrestado.

Na visão de Ipojucan, a Alpa “já é uma realidade em fase de implantação com orçamento de U$ 50 milhões para aplicação em 2012, além de  investimentos em dois pontos de condicionantes, discutidas com a sociedade, também para este ano: a recuperação do prédio antigo da Câmara Municipal de Marabá destinado a transformá-lo em museu da cidade e em obras de ampliação do Hospital Municipal”.

Em discurso à plateia no plenário da CM, Ítalo destacou o comprometimento da ministra Mirian Belchior, do Planejamento, e do próprio governador Simão Jatene, à consolidação do  projeto , lembrando da fala da ministra durante  audiência, em Brasília, com Jatene e a bancada paraense, na qual ele se encontrava  presente, o  interesse do governo federal em  firmar parceria com a Vale para viabilizar a derrocagem do Tocantins. “Naquele dia,  Miriam Belchior enfatizou  que havia sido confirmado a  ela, pelo presidente da Vale, Murilo Ferreira, a implantação da Alpa em Marabá,  além de providências tomadas junto ao Dnit para qualificar a licitação da obra que se encontrava sob suspeita de superfaturamento, ao mesmo tempo em que esperava estudos encomendados ao Dnit para refazer os custos da mesma”, disse

Ao contrário de alguns açodados participantes da reunião de ontem na Câmara Municipal, que chegaram a propor o fechamento da Estrada de Ferro Carajás, a fala de Ítalo foi dirigida à pacificação de ânimos, postura que ele vem mantendo desde quando a questão Alpa passou a ser vista por alguns agentes da sociedade como projeto inviabilizado. A  todo momento, Ipojucan contesta qualquer forma de condução do processo que não seja o dialogo.

“Como a Alpa já é uma realidade, com tantos investimentos aplicados em obras de terraplenagem, não há razão para o confronto. O que temos de fazer é continuar  conversando, cobrando das autoridades de Brasília e de Belém,  além dos contatos diretos que sempre mantivemos com a própria Vale, para a agilização das obras da hidrovia e, paralelamente, da própria Alpa”, finalizou o presidente da ACIM.

Otimista com o futuro da siderúrgica em solo marabaense, Ítalo Ipojucan lembrou, à noite de ontem em contato com o blog, que as tratativas com a ministra Miriam Belchior, ano passado, estão evoluindo, ao registrar a presença em Marabá,  semana passada, de equipe de técnicos no interior de uma grande embarcação vinda de Belém até Marabá, efetuando levantamento de todo o trajeto da futura hidrovia.