A cada movimento da chamada “Operação da Cobra”, seus resultados  levam à uma pessoa: o deputado federal Éder Mauro.

No final da última semana, agentes da Decor (Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (Decor)  prenderam o escrivão substituto do Cartório da Cidade de Santarém Novo, suspeito de se aproveitar do cargo para beneficiar uma quadrilha com a emissão de documentos falsos, que davam aparência de legalidade na compra e venda da fazenda “Benção Divina”, em Bujaru, nordeste do estado, agora de properiedade do deputado federal paraense.

Deflagrada no dia 24 de junho, a operação vem cumprindo  mandados de prisão e busca e apreensão em Belém, Ananindeua e Santarém Novo que tem enriquedida as investigações em tornpo da compra da fazenda por Éder Mauri.

Nas bucas da última sexta-feira, entre outras irregularidades, policiais identificaram  uma procuração pública contendo informações falsas, cometendo assim o crime de falsidade ideológica.

A compra pelo deputado federal da fazenda “Benção Divina”, de aproximadamente 300 hectares,    teve registro fraudulento em 2018 no nome de uma pessoa que já estava morta há 15 anos.

As investigações policiais apontam que a regularização e as transações referentes à propriedade foram efetuadas com diversas irregularidades, incluindo falsificação de documento público e particular, associação criminosa, uso de documento falso e possíveis crimes de lavagem de dinheiro e fortes indícios de ocultação de patrimônio.

Sete mandados, sendo três de prisão e quatro de busca e apreensão, foram expedidos pela Justiça de Santarém Novo. À época da operação dois empresários foram presos em Belém, sendo que um residia em um prédio de luxo no Umarizal, bairro de Belém, e outro foi localizado na empresa dele, no bairro do Mangueirão.

Durante buscas na empresa, os policiais encontraram documentos relacionados à fraude, celulares, uma arma de fogo e 105 munições intactas. O empresário também foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

Segundo a Polícia Civil, as investigações iniciaram após denúncia em aplicativo de atendimento ao cidadão, em dezembro de 2020, quando foi instaurado um procedimento denominado de Verificação Preliminar de Informação (VPI ), constatando vários indícios de irregularidades, como procuração pública confeccionada no cartório de Santarém Novo em março de 2018.

A PC disse que as diligências continuam para esclarecer a pessoa que está se beneficiando com as fraudes constatadas durante a investigação.