Finalmente, depois de uma longa disputa judicial, que começou logo após o então ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, ter dado sua contribuição para a conquista da importante obra, fazendo seguidas intervenções, durante o governo de Michel Temer, para a definição de recursos e da  assinatura da primeira Ordem de Serviço, o Dnit vai inciar a construção da ponte sobre o rio Araguaia, na BR-153 PA/TO – divisa dos estados do Tocantins e do Pará, que vai interligar as cidades de Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (foto).

A Ordem de Serviço para começar a obra foi assinada nesta quinta-feira (2) pelo Dnit e a construtora.

A obra estava embargada em liminar deferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), logo após seu lançamento, em 2017.

Naquele ano, o então presidente da República, Michel Temer, fez questão de incluir Helder na comitiva que esteve em São Geraldo  anunciando a primeira ordem de serviço.

Demanda antiga da população dos dois estados, a estrutura contará com 1.720 metros de extensão e será a maior ponte do estado do Tocantins.

A ponte está orçada em aproximadamente R$ 157 milhões e a previsão de entrega é setembro de 2022.

A obra é um dos maiores investimentos para toda a região, tanto para o norte do Tocantins (que contempla as microrregiões de Araguaína e Bico do Papagaio) quanto para o sudeste do Pará (microrregiões de Marabá, Parauapebas, Redenção e Tucuruí).

Com a ponte, a expectativa é de grande melhoria na logística da BR-153, principal rota para o escoamento da produção local, caracterizada principalmente pelas atividades da agropecuária, de mineração e serrarias.

Conhecida como Rodovia Transbrasiliana, a BR-153 também tem grande importância econômica para o escoamento da produção da região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, chamada de MATOPIBA.

A região, que contempla cerca de 320 mil estabelecimentos agrícolas distribuídos em 337 municípios, foi responsável por 9,4% da safra de grãos de 2014/2015.

Atualmente, a travessia da BR-153 entre os estados do Tocantins e Pará é realizada por balsas pelo Rio Araguaia. O alto custo da travessia, tempo de espera nas filas das balsas e o período de estiagem de janeiro a abril têm gerado entraves econômicos para os produtores e comerciantes, o que justifica a grande expectativa pela construção da ponte.