O futuro administrativo do município de Curionópolis depende dos projetos da Vale.

Pelo menos, é o que  se acredita, caso os investimentos anunciados pela mineradora sejam realmente aplicados no município.

São dois:  Serra Leste, de ferro; e, Cristalino, exploração de cobre.

Mas, a depender da instabilidade, outra vez, instalada nos arredores do garimpo de Serra Pelada, gerada pelos conflitos entre supostas lideranças de garimpeiros, a retomada das ações em Serra Leste não será acionada tão cedo.

Pelo menos é essa disposição da mineradora revelada por dirigente da mesma, conversando com o poster, nesta sexta-feira.

“Ali virou um paiol de pólvora. Ninguém consegue se entender com ninguém. Enquanto o quadro de instabilidade não for  contornado, a Vale não tem condições de trabalhar Serra Leste”, disse.

E, pior, nem Cristalino,

Incluído em 2011 no plano de  negócios da Vale, Cristalino  anunciava  desembolso de US$ 267 milhões, previsto para produzir 95 mil toneladas de cobre.

O Serra Leste fez a população de Curionópolis sonhar em dias melhores, quando a companhia revelou a disponibilidade de  cerca de 400 novos empregos diretos, para trabalharem na produção 2 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, com investimento de R$ 300 milhões.

Só de ISS, o imposto sobre serviços, a receita de Curionópolis aumentaria 50% com Serra Leste, declaravam executivos da mineradora.

Com a bagunça instalada em Serra Pelada, cuja mina de ouro  fica próximo às jazidas minerais da Vale, tudo pode ir por água abaixo.