A obra está em  andamento, localizada cerca de 10 km da foz do rio Itacaiúnas.

Mais precisamente à altura do Loteamento Mirante do Vale, que fica à margem da Rodovia Transamazônica (Km 7) depois do aeroporto – sentido Itupiranga.

A ponte terá 260 metros de extensão por 12 metros de largura, com capacidade para suportar até 46 toneladas por veículo.

Segundo engenheiro da construtora responsável pelo empreendimento, que não revelou sua  identidade, o projeto está orçado em R$ 10 milhões.

O perfil da ponte seguirá formatação de arco, idêntica as pontes construídas sobre os rios Moju e Acará.

Quem está investindo no empreendimento?

Não é a prefeitura, nem os governos estadual e federal.

Muito menos a Vale.

O poster apurou na tarde desta quarta-feira, 27, investigando no próprio local da obra, que a mesma está sendo tocada por um pecuarista dono de uma fazenda denominada Santa Helena, localizada, segundo o engenheiro,  próximo  à futura ponte.

Com um detalhe: o pecuarista já teria adquirido 16 alqueires de terra na sequência do Loteamento Mirante do Vale.

Do outro lado do Itacaiúnas, onde a ponte começou a ser erguida, encontra-se a Fazenda Volta Grande, cujo proprietário chama-se Zezito, posicionada não muito distante da Vila Maranhense, próximo a estrada de Ferro Carajás.

Na realidade, a ousada obra está encoberta do mais circunscrito mistério.

O nome de seu dono, desconhecido.

Da mesma forma, se desconhece a verdadeira intenção de uma obra que irá consumir R$ 10 milhões.

O blog alugou um barco pequeno e foi até o local, subindo o Itacaiúnas. Nas conversas com ribeirinhos e donos de ´rabetas´ (pequenas canoas motorizadas) ancoradas nas ribanceiras do rio, ouviu relatos iguais de que os serviços da ponte teriam começado há dois meses.

Tudo na surdina.

No canteiro de obra, a presença do repórter causou constrangimentos. Ninguém quis conversar, apenas o engenheiro dispôs liberar algumas informações técnicas.

Talvez raras pessoas saibam da existência da obra.

A partir desta quinta-feira, o blog  passa a investigar  se a obra recebeu licença dos órgãos afins, inclusive se há concessão de licença ambiental.

O pôster suspeita de que a ponte pode estar sendo construída para interligar loteamentos, a serem erguidos dos dois lados do rio.

O próprio Loteamento Mirante do Vale poderia estar envolvido numa parceria com o suposto dono da ponte já que no seqüenciamento da área urbanizada , dezesseis alqueires de terreno foram adquiridos recentemente.

Por ser privada, a obra pode estar sendo levantada obedecendo interesses exclusivamente particulares.

Por exemplo: depois de pronta, a ponte atenderá a população de Marabá? Para que isso ocorra, haverá cobrança de algum pedágio?

Conclusão óbvia: investidor algum torra dinheiro ou rasga papel moeda.

Ao contrário do que disse ao pôster o engenheiro entrevistado, certamente a ponte não está sendo construída para “facilitar a vida do fazendeiro”, encurtando caminho.

No atual estágio em que se encontra o trânsito de Marabá, construir pontes sobre o Itacaiunas, é uma necessidade. Há estudos da prefeitura mostrando a carência de pelo menos mais duas pontes sobre o rio, ligando os núcleos Nova Marabá e Cidade Nova.

Agora, da forma como está sendo edificada a ponte na fazenda Volta Grande, há muitas perguntas no ar.

A ponte é para ser aberta ao tráfego em dezembro.

 

A seguir, pela primeira vez, imagens da ponte misteriosa em fase de construção.

 

 

Cabeça da ponte em construção ao lado direito do rio, na sede da fazenda Volta Grande.

 

Operários trabalham em balsa, no meio do Itacaiúnas, fazendo sondagens.

 

Lado esquerdo do rio, gabarito da obra em ascenção na área do Loteamento Mirante do Vale.

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens acima, detalhes da construção.

 

Sede da fazenda Volta Grande omde a ponte está sendo construída

 

 

Em dois clics, o repórter conversa com operário da obra e seguindo numa embarcação para "desbravar" a misteriosa ponte