O discurso da necessidade de preservação de algumas centenas de emprego é usado sempre  por autoridades  para justificar o que está, definitivamente, fora de ordem.

Exemplo recente dessa estratégia de vale tudo “pelo social”,   é a inacabável novela de funcionamento irregular do Frigorífico JBS, ameaçado diversas vezes de fechamento, mas que segue serelepe, produzindo mau cheiro insuportável nas sentinas  do curtume e da graxaria da indústria, esganchado na “boa vontade” do secretário de Meio Ambiente de Marabá, José Scherer.

Concedidos diversos prazos para o frigorífico implantar filtros e novas tecnologias dedicadas ao processamento dos odores produzidos em suas entranhas, o JBS até agora não os cumpriu, levando com a barriga , e sabe-se mais o que, as ameaças de punição radical.

Ao longos de infindáveis anos de sofrimento, a população de Marabá vem sendo obrigada a respirar, 24 horas por dia, mau cheiro e péssima qualidade do ar, em favor de um indústria poderosa, que não pode ter suas portas fechadas por que o ato desempregaria milhares de pais de família.

A carcomida cultura do apaziguamento prevalece, sempre.