Informação da jornalista Roberta Vilanova:

O Hospital Regional de Conceição do Araguaia (HRCA) é referência em Traumato-Ortopedia, tendo como destaque para a cirurgia corretiva do pé torto congênito e outras cirurgias ortopédicas como de tíbia, fêmur e cirurgia de quadril. Com 365 servidores, o HRCA tem gestão direta da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e atende usuários do SUS dos Estados do Pará e Tocantins.

Com 106 leitos e cerca de 400 internações mensais, o HRCA também realiza cirurgia geral e cirurgia otorrinolaringológica, urológica e ainda na área de Ginecologia e Obstetrícia, com aproximadamente 70 partos por mês entre normais e cesáreos.

“Nas cirurgias gerais, conseguimos um avanço com cirurgias menos invasivas, já que são realizadas agora por meio de videolaparoscopia”, informou o diretor do HRCA, Wilson Branco (foto).

Segundo ele, na área obstétrica também merecem destaque o trabalho voltado ao parto humanizado, o Projeto Doce Espera, Projeto Mama Neném a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCI).

O Hospital de Conceição do Araguaia também dispõe de ambulatório, onde oferece consultas médicas nas especialidades de clínica médica, ginecologia e obstetrícia, urologia, dermatologia, otorrinolaringologia, endocrinologia, ortopedia/traumatologia e cardiologia.

E para dar suporte ao ambulatório e setor de internação, o HRCA também dispõe de um serviço de apoio diagnóstico com raios-X, ultrassonografia (mama, obstétrica, pélvica, transvaginal, abdome superior e inferior, aparelho urinário e abdome total, tireoide, próstata, rins); doppler colposcopia, eletrocardiograma, teste ergométrico, mapa, videonasofibroscopia, holter, endoscopia e colonoscopia.

O hospital dispõe, ainda, de um laboratório de análises clínicas, que realiza cerca de seis mil exames por mês e serviços na área biopsicossocial, com fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e serviço social. “Todos os nossos pacientes, quando necessário, são acompanhados por assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psiquiatras e fonoaudiólogos”, acrescentou Branco.

Além de tudo isso, o HRCA funciona como hospital de urgência e emergência, que já superou a marca dos três mil atendimentos mensais. Apesar de haver regulação no encaminhamento de pacientes na região, a maioria dos atendimentos é de demanda espontânea não só de pacientes dos municípios paraenses como também do estado do Tocantins, que faz divisa com o Pará. “E aí é uma luta atender a Tocantins e aos 15 municípios do Sul do Pará, abrangendo aproximadamente 700 mil habitantes, sendo 100 mil só de Tocantins”, ressaltou o gestor do HRCA

Conceição do Araguaia não tem hospital municipal, nem serviço de urgência e emergência e nem ao menos uma UPA, fazendo com que toda a demanda convirja para o Hospital Regional. Apesar da demanda elevada, a unidade desenvolve um bom trabalho na região do Araguaia.

Wilson Branco informou que já iniciou o processo de licitação para a implantação de 20 leitos de UTI, sendo dez neonatais e dez adultos.

Sobre a constatação de que a gestão do HRCA tem servido de modelo para os outros Hospitais Regionais sob gestão do Estado, Branco explicou que esse trabalho começou em 2012, quando ele decidiu colocar em prática Projeto de Revitalização e Fortalecimento dos Hospitais Regionais sob Gestão do Estado, apresentado pela Sespa na época. “E deu certo. Se deu certo comigo, por que não pode dar certo com os outros?”, questionou o gestor, que defende a maior valorização das instituições de gestão própria e dos servidores públicos que atuam nelas, principalmente com qualificação profissional.

Contratualização – Com o objetivo de fortalecer os Hospitais Regionais sob gestão direta do Estado é que a Sespa, por meio da Diretoria de Desenvolvimento de Redes Assistenciais (DDRA), vem realizando reuniões periódicas com os diretores desses hospitais e respectivas equipes de técnicos, sendo que a primeira reunião avaliativa aconteceu nos dias 12 e 13 de abril, em Salinópolis.  Entre os assuntos discutidos estavam “Faturamento”, “Regulação”, “Auditoria” e “Modelo de Planejamento de Meta”.

Esse debate também é importante porque a Sespa precisa cumprir a Portaria 3.410 do Ministério, que estabelece as diretrizes para a contratualização de hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP).

A contratualização tem como finalidade a formalização da relação entre gestores públicos de saúde e hospitais integrantes do SUS por meio do estabelecimento de compromissos entre as partes que promovam a qualificação da assistência e da gestão hospitalar de acordo com as diretrizes estabelecidas na PNHOSP.