Instituído pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI),   7 de abril comemora-se o Dia do Jornalista, data escolhida para homenagear, também, o médico e jornalista João Batista Líbero Badaró, morto em São Paulo, em novembro de 1830, por inimigos políticos.

No Dia do Jornalista, a homenagem do blog a todos os que honram a profissão lutando ao lado do povo, postando-se ao lado dos oprimidos e trabalhando pelo descobrimento da realidade encoberta pela desinformação alienante, está representada num artigo enviado pela colaboradora Evilângela Lima.

Parabéns aos que não se acomodam. Aos que não se conformam, usando a verdade como arma e as palavras como estiletes.

Jornalismo pode ser resumido numa palavra: subversão.

 

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O que cabe na caixa do jornalista?

 

(*) Evilângela Lima

 

“Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível”

 

Gilberto Gil declarou que o poeta possui a missão de fazer caber na lata o incabível.

E o jornalista? Qual sua missão?

Fazer caber na caixa de texto a verdade, o clamor de quem sofre, a decisão política e judicial que transformará vidas, a denúncia…

Neste 7 de abril, Dia do Jornalista, quero deixar minha grande admiração a todos os jornalistas, homens e mulheres que se descobriram profetas de um mundo mais justo e humano. Que fazem de suas profissões instrumento de mudanças, que não se acovardam diante das ameaças, que se comovem com atitudes simples, mas verdadeiras.

A você, jornalista Hiroshi Bogéa, meu enorme carinho. Sempre acompanhei sua carreira. Apaixonado pela profissão, dedicado em descobrir o escondido, mexendo e remexendo na estrutura da sociedade através de suas palavras, destemido enquanto homem que sonha, vive, canta, poetiza o ser humano.

O que cabe na caixa do jornalista? Cabe tudo, e mais um pouquinho…

Quando criança, eu assistia um programa apresentado por você, Hiroshi, depois, esporadicamente, lia matérias suas em jornais. Até que um dia, fazendo uma pesquisa na Internet, me deparei com um blog, pensei: será?. Fui ver. Não é que era você? Li meio que na dúvida, no outro dia voltei, e fui voltando todos os dias. Chegava no trabalho comentando o que havia lido, todos ficavam surpresos: Quem fica te falando essas coisas? Tem um informante?

Claro, meu informante era o Blog do Hiroshi. Depois que fiquei viciada no blog, percebi, cheia de orgulho, que outras, centenas, milhares de pessoas estavam dependentes do blog também.

Hoje é fácil esbarrar na rua com alguém que leu algo no blog do Hiroshi, porque seus leitores, Hiroshi, são milhares de homens e mulheres, das mais diversas profissões, que o tem como fonte de informação e cultura.

Seu legado ficará para sempre registrado. O Blog do HB tornou-se o jornal diário do sul paraense, do marabaense, do povo do Norte.

Não sei como consegue alimentar o blog com tanta rapidez e qualidade, mas continue na luta jornalística. Seu trabalho não é em vão.

Seja a voz, a letra, a palavra do mudo e oprimido, de quem silencia por medo, do povo que trabalha e é explorado.

Parabéns pelo seu dia, jornalista!

 

(*) Evilângela Lima Alcântara é Educadora, Diretora da Escola de Ensino Fundamental São José.