Sobre a morte da paciente Maria Jassiara Lopes dos Santos, 40 anos, na tarde de ontem (24), no Hospital Materno Infantil (HMI), o diretor clínico da casa de Saúde, Dr. Charles Alves dos santos, esclarece ela recebeu toda assistência necessária. Inclusive havia sido internada de forma preventiva, para que recebesse o atendimento adequado até a hora do parto.
Segundo o médico, a paciente, grávida do terceiro filho, deu entrada na casa de saúde no dia 19, terça-feira da semana passada, apresentando dor no baixo ventre e diagnóstico ultrassográfico de placenta prévia seguimentar, com possibilidade de infiltração no corpo uterino (acretismo). Além disso, também apresentava pressão alta (que estava controlada no momento), infecção urinária e anemia.
Diante do quadro, ela foi internada e solicitada, para diagnóstico mais preciso do seu quadro, como localização exata da placenta, uma ressonância magnética. Esta foi realizada no Hospital Regional de Marabá, porém o laudo só tem entrega prevista para o dia 4 de abril.
Ontem, durante um exame de rotina, foi solicitada uma cardiotocografia fetal para avaliar o bem estar do feto (vitalidade). Este exame detectou taquicardia fetal importante e padrão comprimido, ou seja, sofrimento fetal agudo.
Com base no diagnóstico, com risco de morte para o bebê, se providenciou o imediato parto cesáreo da paciente. Segundo Charles, a família estava ciente do quadro clínico de Jassiara e foi informada do alto risco do parto.
“Ela recebeu toda a atenção e o tratamento necessário. Fizemos tudo o que estava dento das nossas possibilidades. Inclusive, o quadro clínico dela exigia que o parto fosse feito em um centro especializado, mas no Hospital Regional não tem obstetra e, diante do quadro de sofrimento do bebê, era preciso fazer o parto, para tentar salvá-lo”, explica Charles, lembrando que a remoção da paciente até outro centro médico fora de Marabá, nas condições em que o bebê se encontrava, não era recomendável.
Segundo o médico, durante a cirurgia, Maria Lopes teve parada cardiorespiratória por duas vezes. Foi feito todos os procedimentos para reanimá-la, mas na segunda parada ela não reagiu e veio a óbito.
O bebê, do sexo masculino, está internado na UCI Neonatal do HMI aguardando vaga na UTI do Hospital Regional, porque nasceu prematuramente, de oito meses, e seu quadro requer cuidados especiais.
O município está tentando buscar vaga em UTI de outros centros médicos fora do município, como Redenção e Belém, mas até as 12 horas desta segunda-feira ainda não tinha conseguido.
Segue a nota oficial emitida pelo Hospital Materno Infantil
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Prefeitura Municipal de Marabá
Secretaria Municipal de Saúde Hospital
Materno Infantil de Marabá
ESCLARECIMENTO
A Srª. Maria Jassiara Lopes dos Santos, 40 anos de idade, tercigesta, com 02 cesáreas prévias, estava com 34 semanas de gestação (8º mês).
Foi Internada no dia 19/03/2013, no Hospital Materno Infantil de Marabá, com dor no baixo ventre e diagnóstico ultrassonográfico de placenta previa seguimentar com possibilidade de infiltração no corpo uterino (acretismo).
Associado apresentava pressão alta que estava controlada (usava metil dopa), infecção urinaria e anemia. Foi solicitado uma ressonância magnética para conclusão diagnóstica, em relação a localização da placenta. Esta foi realizada no Hospital Regional de Marabá, porém o laudo só vai ser entregue no dia 04/04/2013 (previsão).
Ontem (24/03/2013) solicitou-se uma cardiotocografia fetal para avaliar o bem estar fetal (vitalidade). Este exame detectou taquicardia fetal importante e padrão comprimido, ou seja, sofrimento fetal agudo. Assim indicou se o parto Cesáreo. Explicou-se a família e a paciente a necessidade de se realizar o parto e seus riscos.
No transcorrer do ato cirúrgico a paciente apresentou parada cardiorespiratória por duas vezes, porém não houve sucesso vindo a óbito.
O RN encontra-se na UCI- Neonatal devido a sua prematuridade e quadro clinico estável, aguardando vaga para UTI do Hospital Regional.
Dr. Charles Alves dos Santos
Diretor Clínico
Dr. Carlos Garibaldi
Diretor Técnico
Dr. Belchior C. da S. Junior
Diretor administrativo
Func.HMM
25 de março de 2013 - 18:56Não estou defendendo o hospital,mais realmente a parturiente teve toda atenção todo atendimento possível que os médicos poderam dar,minha irmã trabalha lá e disse também que era uma gravidez de risco,foi uma fatalidade infelizmente.E por falar em hospital todos nós já sabemos que o prefeito pretende terceirizar os hospitais,só que uma coisa eu digo ele não vai economizar,pois dizem que a pro saúde paga aos funcionários do regional um salário bem melhor de que a prefeitura paga para os servidores,não são os hospitais que administram os recursos da saúde não temos culpa se o centro cirúrgico não funciona,se falta material de trabalho,medicamentos etc.O problema da saúde tá na má aplicação dos recursos e o alto custo dos salários pagos aos comissionados,portanto o problema tá na secretaria de saúde,olha só o que aconteceu com a merenda escolar e o lixo,cuidado prefeito para que isso não venha ser o fracaso de sua gestão,coloque pessoas competentes e comprometidas com sua gestão,ou será que a administração pública e menos competente que a privada?Fazendo isso é como se tivesse admitindo que a administração pública não tem competencia para administrar os recursos da saúde,é dar um tiro no próprio pé.