Domingo, 24, Dilma Roussef reuniu dirigentes do Ministério dos Transportes para tratar sobre o organograma de obras que o Dnit toca no país – em meio à crise política provocada pelas demissões de ministro e diretores do  ministério.

No meio da conversa, ao receber de   Paulo Sérgio Passos, dos Transportes, relato sobre o andamento da derrocagem da Hidrovia do Tocantins, entre Marabá e o Lago de Tucuruí, a presidente teria determinado a suspensão da obra, até segundo ordem.

Sabe-se que Dilma Roussef teria também  ordenado dar prioridade à conclusão das obras de melhoria da hidrovia Paraná-Tietê, estimadas em R$ 3,7 bilhões até 2014.

Como o governo passa por ajustes fiscais, cortando aqui e ali recursos previamente programados, como no caso da derrocagem do Tocantins, deve-se utilizar a grana destinada à hidrovia paraense para o rio Tietê, em São Paulo.

Estão incluídas, entre as obras previstas para a hidrovia Tietê-Paraná, derrocagem (desobstrução do leito do rio), alargamento de vãos de pontes,  construção de terminais de cargas e de eclusas. O objetivo, ao aumentar a navegabilidade e a rapidez do transporte da hidrovia, é ampliar a capacidade de transporte da Paraná-Tietê das atuais cinco milhões de toneladas por ano para 30 milhões de toneladas.

Aquela hidrovia tem 2.400 quilômetros de vias navegáveis, de Goiás a São Paulo, atravessando cinco estados.
Diante dessas informações, a Associação Comercial e Industrial de Marabá entrou em polvorosa.

Ítalo Ipojucan sabe que o risco de adiamento da derrocagem agora é mais consolidado, depois da reunião de domingo lá em Brasília.

Na terça-feira, o presidente da ACIM passou o dia telefonando para políticos, em busca de maiores informações e pedidos de mobilização para que a obra não seja sobrestada.