Marabá e outros municípios da região “Bico do Papagaio” são cenários da  série documental “A Guerra do Araguaia”, editada em três episódios de 52 minutos cada , lançada no domingo, 12,  pelo canal CineBrasilTV (canal 157 Sky) para assinantes

Financiada pelo Fundo Setorial do Audiovisual, a série foi rodada em abril e maio, nos palcos dos acontecimentos da Guerrilha do Araguaia, no Estado do Pará.

O diretor Hermes Leal (de costas, na foto abaixo),nascido em Araguaína (TO) percorreu lugares de difícil acesso, nas matas onde os guerrilheiros na época se esconderam dos militares, e colheu depoimentos, muitos inéditos, de pessoas que tiveram parentes torturados, e dos próprios ex-guerrilheiros e ex-militares, retratando a história a partir de suas memórias afetivas.

José Genoíno, ex-deputado federal, protagonista da guerra no início dos anos 70, é um dos entrevistados.

Com locações também em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Recife e Florianópolis, a série, produzida pela HL Filmes, objetiva colocar este evento na História do Brasil, narrando os principais fatos ocorridos no conflito armado, o maior embate de tropas militares no Brasil desde a Segunda Guerra Mundial.

E um dos capítulos mais obscuros da história recente do país.

Para explicar o que foi a Guerrilha do Araguaia, a série terá ajuda de mapas criados em efeitos especiais em 3D pela O2 Pós.

Nos próximos dois domingos, o CineBrasil TV exibirá segundo e terceiro episódios do seriado.

O objetivo da série é investigar e revelar ao público os fatos dos dois lados do conflito, da guerrilha e do exército, através dos principais personagens, tanto dos guerrilheiros quanto dos militares. E, com isso, colocar uma luz sobre esse importante evento na história do país que ainda precisa ser esclarecido.

A Guerra do Araguaia aconteceu sem que o país tomasse conhecimento, entre 1972 e 1974, no sul do Pará, onde o exército mobilizou 15 mil homens para aniquilar 70 guerrilheiros.

O regime militar da época escondeu esse fato da mídia e da população, e depois de quatro décadas mais de 40 guerrilheiros mortos pelos militares continuam desaparecidos.