A Timac Agro Brasil, multinacional francesa dedicada à produção e comercialização de fertilizantes, anunciou a instalação de fábrica em Barcarena, nordeste paraense, em evento na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).

O investimento de R$ 150 milhões no polo industrial de Barcarena vai gerar 250 empregos na fase de construção, que começa em março do ano que vem, e outros 250 postos de trabalho diretos na fase de operação da nova fábrica de fertilizantes em julho de 2017. “Temos o apoio do governo do Estado’’, disse o diretor geral da empresa, Gregoire Boyen, reforçando também o pedido de parceria ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para o treinamento e qualificação da mão de obra local a ser contratada.

Nas últimas semanas, houve a confirmação de instalações no Pará de grandes grupos industriais, a exemplo da Cevital, Chocolates Ritzmann e Cacautec e Grupo Total E&P (Exploração e Produção) do Brasil, entre outras. Agora, foi a vez da TIMAC Agro, empresa do grupo familiar francês Roullier lançar o projeto de sua mais nova fábrica, em Barcarena. Ela está presente em outros Estados brasileiros e tem sede central na cidade de Porto Alegre.

Os principais produtos da Timac Agro são a linha de nutrição vegetal, animal e humana. A multinacional francesa atua no mercado desde 1959, hoje tem 7,3 mil funcionários e é um dos grupos que mais investem em alta tecnologia e inovação produtiva no segmento de nutrição de plantas e animais.

Gregoire Boyen observou que a empresa dispõe de laboratório próprios e de 400 especialistas, doutores e pesquisadores, trabalhando no desenvolvimento dos produtos. Além disso, a Timac Agro tem 2,3 mil técnicos que prestam consultoria diária aos produtores rurais, parceiros da empresa no fornecimento de matéria-prima. Ele frisou que essa prática será priorizada no Pará a fim de agregar valor à produção, sobretudo aos pequenos produtores agrícolas.

A empresa já postulou benefícios fiscais do governo do Estado, que prometeu apoiá-la, no entanto, o secretário de Desenvolvimento Econômico disse que uma das condicionantes acordadas com o grupo industrial é a priorização do fornecimento ao mercado interno, reservando para o mercado externo o excedente da produção. O presidente da Fiepa, José Conrado, ressaltou a importância de a empresa privilegiar compras de fornecedores locais. “Isso gera riqueza, empregos e aumenta a arrecadação do fisco estadual’’, afirmou.

A Timac Agro não trabalha com a venda nem com a compra de matéria-prima. O negócio do grupo é vender tecnologia para um melhor aproveitamento dessa matéria prima. “Resolvemos investir no Pará pelas vantagens logísticas e o potencial de mercado”, explicou Gregoire Boyen.