Quem informa é a jornalista Aline Saavedra:

 

Para ampliar a redução dos indicadores de segurança no Estado, obtida com recursos próprios, o Governo do Pará solicitou ao Governo Federal apoio em diversas áreas. Em ofício encaminhado no dia 8 de maio deste ano, ao ministro da segurança, Raul Jungmann, o governador do Pará, Simão Jatene, solicitou apoio da Força Nacional de Segurança com equipes especializadas em investigação criminal (polícia judiciária) e perícia técnico-científica, com foco nos homicídios e no crime organizado.

Solicitou ainda reforço para capacitações nessa área de investigação, fortalecimento de pessoal para os núcleos de investigação e repressão ao crime organizado e articulação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para integração de bancos de dados de prisões, entre outras ações de integração das informações.

Para o sistema penitenciário, Jatene solicitou que o Governo Federal compartilhasse os investimentos em 4 mil novas vagas para o sistema prisional do Pará, projetados em mais de R$ 180 milhões, valor correspondente aos projetos já aprovados pelo Departamento penitenciário Nacional (DEPEN) para a construção de novas unidades, além de reforço em investimentos no valor de R$ 8,1 milhões/ano para o serviço de central de monitoramento de 2,5 mil tornozeleiras eletrônicas e outros R$ 6 milhões para ampliar o serviço continuado de bloqueio de radiocomunicação nas seguintes casas penais:

  1. Centro de Recuperação Anastácio das Neves (CCAN)
  2. Colônia Penal de Santa Izabel
  3. Cadeia Pública de Jovens e Adultos
  4. Centro de Triagem Metropolitana III
  5. Centro de Recuperação Regional de Altamira
  6. Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Marabá)
  7. Centro de Recuperação Regional de Tucuruí

Estas são apenas algumas das demandas encaminhadas ao Governo Federal através do Ministério da Segurança Pública, e para as quais, até então, não houve resposta.

Ações – A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) informa que continua realizando um intenso trabalho de fortalecimento de áreas estratégicas de segurança, sendo relevantes a Inteligência Policial, as Divisões de Homicídios, Narcóticos e Furto e Roubo de Veículos. Outra área de forte empenho foi o efetivo policial: a Polícia Civil foi fortalecida com 650 policiais civis e a Polícia Militar com 2.350 novos policiais.

Essas ações resultaram na redução de todos os indicadores de criminalidade no Pará, inclusive acima das metas nacionais para redução da criminalidade por 100 mil habitantes. Os crimes de roubo, por exemplo, caíram em todo o Estado em 20,2% por 100 mil habitantes, uma taxa significativa, não alcançada nos últimos anos.

Nos crimes violentos letais intencionais (latrocínio, lesão corporal seguida de morte, homicídio doloso) a redução foi de 6% (com 134 vidas preservadas). Esses indicadores são relevantes quando comparados com a meta de 3,5% do Governo Federal para os mesmos crimes. Comparativamente, o Pará praticamente dobrou a taxa de redução. Até dia 15 de outubro foram registrados 3.112 mil casos, contra 3.246 ocorrências em 2017.