Na semana do Dia Internacional da Mulher, bem que Geisy – aquela garota expulsa da Uniban por ter entrado na faculdade com “trajes de puta”, como disseram seus algozes -, poderia servir de mote a todas as manifestações de valorização do sexo feminino.

O Caso Geisy provou o quanto nossas mulheres ainda são desrespeitadas pelo machismo e excesso de educação autoritária grassando na maioria dos lares

O problema, no caso, é o do respeito à mulher como sujeito de sua sexualidade.

Quem ainda não pensou no problema, e segue reproduzindo uma mentalidade que muitos, por excesso de otimismo, julgavam ultrapassada, é o conjunto não apenas dos estudantes da Uniban, mas grande parte da “opinião pública”, já que houve quem levantasse a possibilidade de justificar a violência coletiva contra a moça a partir de tal ou qual conduta por ela assumida.

E compraram a estratégia de culpabilizar a conduta moral da Geyse,

Comentários desairosos, para todos os gostos, ouvi até mesmo no meu círculo restrito:

– “Aquilo é jeito de puta”!


-“Geyse não se dá ao respeito”.

A pergunta: faz diferença se ela é ou não puta?

Só que isso não muda o fato de que puta também merece respeito.

De que todos e todas merecem.

Ou, pra resumir de vez: “Aquele que não tiver pecados, atire a primeira pedra!”