Dirigente do PSB de uma cidade do Sudeste do Pará contando o tratamento que recebem de Ademir Andrade, quando alguém do partido discorda de qualquer orientação do cacique baiano, presidente da legenda:
                  – O partido tem dono. Quem ficar contra nossa orientação, está fora!

O papo veio no remanso das ameaças de destituição da direção provisória da legenda que o ex-senador vem fazendo a secretária estadual de Administração, Maria Aparecida, e expulsão do PSB de dois correligionários de Parauapebas que ocupam cargos na gestão de Darci Lermen.

É até engraçado ouvir essas conversas de macheza do Ademir, principalmente quando ele canta de galo na Câmara Municipal de Belém exigindo retidão e respeito dos colegas ao regimento interno, além de barrufar honestidade quando cobra ética do prefeito da capital.

Quem não o conhece, faz a compra do produto como algo verdadeiro.

Mas é ele, Ademir, o mesmo que a Polícia Federal flagrou metendo a mão no dinheiro da Companhia das Docas do Pará, elevado, então, no embalo da “Operação Galiléia” , à condição de delinqüente perigoso, por formação de quadrilha.

Graças as gretas de nosso arcabouço jurídico, Ademir Andrade foi libertado, e se elegeu vereador de Belém.

Mas, há quem diga, não tardará o tempo em que a Justiça o mandará cumprir outro mandado: o de presidiário em Americano.