Até o final de 2008, duas novas empresas devem ingressar no competitivo mercado de vergalhões, dominado pelos pesos-pesados Gerdau, Belgo-Mineira e Votorantim. A idéia, segundo o bloger ouviu de um executivo em Marabá, é disputar espaço nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Formada pelos grupos Sidepar (guseira do DI de Marabá dos irmãos Valadares Gontijo que possuem a concessão de privatização de rodovias no Sudeste do país), Toctao (goiana de construção civil), Ferroeste (produtor de gusa de Minas Gerais controlada por Ricardo Nascimento), e o fabricante espanhol de vergalhões Amon -, a Siderúrgica do Planalto, no município de Nova Glória (a 200 quilômetros de Goiânia) terá capacidade de produzir 800 mil toneladas de aços longos, fabricados a partir de sucata. Investimentos da ordem de US$ 300 milhões contando ainda com benefícios fiscais do governo goiano.

Em Marabá, a Sinobrás, ex- Simara (produzirá 300 mil toneladas anuais de laminados, com investimento de US$ 200 milhões) é controlada pela siderúrgica Aço Cearense, com sede em Fortaleza, vendedora de chapas, vergalhões e perfis na região Nordeste.

Sinobrás e Planalto vão percorrer caminhos sinuosos e movediços. As vendas de vergalhões patinam em cerca de dois milhões de toneladas anuais -, disputadas a tapa por Gerdau, Belgo e Votorantim. Três poderosos grupos que vem segurando seus projetos de expansão diante da retração do setor.

O executivo conta ao poster que a aposta maior das suas empresas, em fase de implantação, é adotar política agressiva de preços para colocar as marcas no mercado. Só que ele, particularmente, com larga experiência na atividade, não acredita muito na estratégia. “Simples explicar: é muito produto num cenário onde o mercado não tem goela suficiente para consumir toda a produção disponível”.

Quem tem mais condições de conquistar fatias do mercado, pergunta o blog. De pronto, a resposta:

– Com o foco de conquistar o mercado do Nordeste, a Sinobrás terá pela frente a gigante Gerdau. Briga nada fácil. Por outro lado, alguns acionistas da Planalto visam o lucro imediato e já provaram que são poucos ligados em seus negócios. É o caso da Ferroreste que fechou uma siderúrgica que tinha em Minas.