Ocupando função engenheiro do Grupo Prontidão Operacional da Alpa, Roberto José Fonseca é dono do Condomínio  Green Village, construído às margens do rio Itacaiúnas, fazendo limites com  a “Chácara do Bispo”, como é chamado o terreno do Centro Pastoral Diocesano Sagrado Coração de Jesus – na Agrópolis (Cidade Nova).

Com uma ganância feroz, o moço usou de  má fé ao documentar uma área daquela propriedade em sue nome, mesmo sabendo que a Igreja tem posse de direito do imóvel, há mais de 40 anos.

Para consumar sua intenção dolosa,  Roberto Fonseca contratou equipe de pedreiros para ocupar literalmente cerca de 1.520 m2 na construção  de um muro na parte interna do terreno da igreja (foto)  que já possui um grande muro separando  o condomínio daquele imóvel do Centro Pastoral.

 

O mais absurdo do ato foi a forma como o  “empresário”  procedeu  o ingresso dos  operários àquela  propriedade: abriu  um buraco  no muro de um galpão que ele construiu nas imediações  do terreno, já que nao teria permissão para abrir-lhes caminho pela porta da frente da Chácara.

A ordem era para edificar  o muro em menos de 24 horas, apressadamente, antes que a polícia ali adentrasse.

A invasão dolosa foi percebida na mesma hora pelos servidores da igreja, que denunciaram a construção irregular.

Francisco Conceição Araujo (foto), residente há quinze anos no terreno da igreja criando galinhas, conta que acordou, no amanhecer da sexta-feira, 9, percebendo que o imóvel estava ocupado por dezenas de operários. Dirigiu-se a um deles perguntando o que estava ocorrendo.”O Dr. Roberto (Fonseca) mandou que a gente construísse esse muro”, disse um dos pedreiros.

Ao indagar ainda ao mesmo operário se o “empresário” havia conversado antes com os padres, obteve a seguinte resposta: – Não, ele quer fazer uma surpresa pra eles, então se é surpresa não tem porque ele falar antes”.

A surpresa, então, era a invasão da área, não há outra dedução.

Francisco Araújo não tem dúvidas de que Roberto Fonseca estaria aproveitando da amizade que fez ao longo dos anos com o bispo da Diocese, José Foralosso, e do fragilizado estado de saúde do religioso atualmente, para avançar sobre o imóvel.

Israel Miranda, topógrafo da empresa Miranda Topografia, estava nesta manhã de sábado, 10, efetuando trabalhos topográficos na área invadida.

Ele falou ao blog:

 

– Eu fui chamado na sexta-feira, 9, pelo padre Ademir  (Gramelik ) para dar uma checada e fazer o levantamento topográfico da Chácara do Bispo. Anteriormente, quatro anos atrás, eu também prestei esse serviço para a outra parte, no caso, o Sr. Roberto Fonseca. E nós fizemos a locação de postes e do loteamento em si. Falando com ele hoje (Roberto Fonseca) de manhã, me disse que a parte do muro antigo, feito há mais tempo, era simplesmente para definir a área do condomínio, mas que na realidade o terreno todo dele vem até a parte desse outro muro que ele está pleiteando. Como sou conhecedor bem antigo dessa área,há muitos anos, desde 1969, do meu ponto de vista eu entendo que o limite do condomínio morre onde está o muro antigo, onde existe este hoje.E com o levantamento que a Cúria pediu que a gente realiazasse, juntando esses dados com o título de aforamento que a Igreja possui, eu acredito que tudo vai se encaixar a favor da Chácara do Bispo.

 

Informação que se tem no local é de que Roberto Fonseca quer usar a área documentada de má fé para abrir uma rua até um galpão que ele construiu, ao lado do condomínio, para instalar uma serralheria.

O condomínio e a chácara do bispo, ficariam separadas pela poluição e o barulho de uma serralheria.

Na área que Roberto quer usar como rua (foto),  existem castanheiras e diversas árvores frutíferas,constituindo-se numa das raras reservas ecológicas da Cidade Nova.

Anos atrás, esse mesmo Roberto Fonseca foi quem conseguiu, com a astúcia que lhe é peculiar,  autorização para derrubar a mata ciliar próximo ao rio Itacaiúnas onde conseguiu edificar o Condomínio Green Village.

Comunicado agora há pouco da tentativa de invasão da Chácara do Bispo, o presidente do Conselho  Municipal de Meio Ambiente, Jorge Bichara, garantiu que segunda-feira, 12, reunirá os conselheiros para tomar uma decisão.

O mesmo está fazendo o secretário municipal de Meio Ambiente, José Scherer, que condenou a invasão da área da Diocese, argumentando que Fonseca “usou de má fé ao documentar uma área que há mais de 40 anos pertence à Igreja Católica.

O Ministério Público de Marabá deverá intimar Roberto Fonseca a prestar esclarecimentos.

Por mais que o advogado  do dono do condomínio, Gustavo Garcia,  já tenha vindo a público declarar que seu constituinte  tem documento do terreno invadido, esse instrumento legal foi obtido através da má, já  que a Igreja é detentora da área há quase meio século.

A questão ganhará proporções indesejáveis, porque já cresce a indignação da sociedade diante do  fato.

Edição deste sábado do jornal Opinião já delimitou sua participação no escândalo, ao divulgar o fato.

Na segunda-feira, televisões e emissoras de rádio repercutirão o fato, além de outras autoridades.

O Centro Pastoral Diocesano (foto)  é responsável pela formação de muitos jovens em suas dependências, encontros de casais e a qualificação de cidadãos através da evangelização desenvolvida lá dentro. Agredir de tal forma os dedicados servidores da Chácara do Bispo, é agredir toda uma cidade.

A presidência da Alpa, através de seu presidente José Carlos, tem dever moral de se manifestar a respeito desse caso de litigância de má fá. Afinal, Roberto Fonseca usa o unifome da empresa nos contatos diários com a sociedade.

 

Construção de má fé: na pressa, nem as raízes das árvores foram extraídas

 

Á esquerda, muro da diocese separando do condomínio. Dentro do terreno da igreja, outro muro em construção.

 

Depois do muro da Igreja, o condomínio

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Atualização às 10:17 (12 Dezembro)

 

Invasor não possui documentos

Reunidos  agora de manhã, bispo José Foralosso e demais padres da Prealiza de Marabá, ancorados por três advogados e mais as presenças de outros convidados amigos da Igreja Católica, ouviram de um representante da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) aquilo que já desconfiava: Roberto Fonseca não possui nenhuma documentação que comprove a titularidade da área invadida.

Roberto Fonseca é, literalmente,  um invasor, com intenção de proceder a grilagem de 1.500m2 de terreno do Centro Pastoral Diocesano Sagrado Coração de Jesus.

A SDU se manifestou oficialmente declarando não existir nenhum título definitivo emitido em nome do bacurau.

O caso, agora, requer a presença da polícia.

Polícia nele!

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Atualização às 10:52 (12 Dezembro)

Quem é Roberto Fonseca?

Essa pergunta é feita desde o dia em que o blog denunciou a invasão do terreno da Igreja Católica.

No final de semana, comentarista anônimo ofereceu informações mais detalhadas sobre o referido “empresário” do setor imobiliário de Marabá.

A seguir, o que diz o visitantes anônimo:

 

Caro Hiroshi, este cidadão chegou em Maraba pelas mãos da Sinobras. Vendo as oportunidades existentes, ele se juntou com mais funcionários da Sinobras, entre eles o sr.Carlos (conhecido por Carlinho) e o sr.Milton – estes dois últimos até hoje na Sinobras. Essas três pessoas criaram a empresa MRC construtora e incorporadora (MRC são iniciais de Milton, Roberto e Carlos) sendo esta empresa que fundou o condomínio Green Village. No decorrer do tempo, vendo que o Sr.Roberto estava fazendo coisas errada e muito ganancioso para atingir seus resultados, e por não concordar da forma como o Sr. Roberto conduzia as coisas, os senhores Carlos e Milton saíram da sociedade permanecendo na empresa o Sr. Roberto e a Sua esposa Adriana. Vale a pena a Receita federal dar uma olhada nesta empresa. O Sr. Roberto tem que prestar muita conta a sociedade de Marabá e aos órgãos de fiscalização. Por exemplo, investigar o fechamento de nascente de água próxima aqueles buritizeiros, lá onde ele construiu o Condomínio Green Village, às margens do rio Itacaiúnas, onde a mesma nascente, por determinação da Natureza, resistiu enquanto pode a ponto de mexer com todo o aterro elevado no local. Depois ele escavou novamente e jogou seixo para que ela continuasse a jorrar e iria fazer análise da água para ver se a mesma poderia ser usada como água potável. Será que o Sr. Roberto fez esta analise? Será solicitou autorização dos órgãos competente para utilizar a mesma ? Ou será que após analise, sendo a mesma não potável o mesmo voltou a matar esta nascente de água? E agora depois de todas estas falcatruas que o mesmo já cometeu neste condomínio, não cumprindo nada em tempo do que foi acordado com os condôminos o mesmo, vem agora, com a conveniência do poder publico municipal, querer surrupiar uma área de mais 1,500m2. Registra-se que a área invadida pelo Sr. Roberto serviria para o mesmo fazer uma estrada para dar acesso a duas torres de apartamento que serão erguidas dentro da área do condomínio mas sendo de sua propriedade particular e não do condomínio. Para fazer este acesso aos prédios teria que sacrificar árvores nativas a exemplo de castanheiras com mais de 50 anos. Vale lembrar que os condôminos, bem como o condomínio em si, não tem nada a ver com esta invasão -, inclusive todos os que tiveram conhecimento já se posicionaram contrarios a atitude do sr Roberto.