Ora, quem diria, encontrar “Bilu de Campina Grande” nas cabeceiras do rio Araguaia, divulgando mais um CD da carreira?

Ele estava sentado à frente de um painel  carregado de fotos de Luiz Gonzaga, e da capa de seu  novo trabalho,  estrategicamente instalado no meio da praça principal de Xambioá (TO), conversando com populares -, enquanto o forró pé-de-serra tocava num sistema de som improvisado.

Não deu pra segurar.

Assanhado, o poster pediu ao amigo com quem viajava para dar uma paradinha no carro, disposto a conversar um pouquinho com Severino Xavier de Souza, o “Bilu” dos nordestinos.

Do mesmo jeito de dez anos atrás, usando seu famoso chapéu de couro de vaqueiro, o forrozeiro (foto)  amigo de Lula Gonzaga e Patativa de Assaré, acolheu com a sinceridade dos sertanejos, outro sertanejo metido a urbanizado.

O papo rolou mais de hora, com o impaciente amigo Nelson querendo seguir viagem de retorno a Marabá.

Severino só perdeu o bom humor quando provocado sobre o tal forró eletrônico,  responsável pelo enriquecimento de muitas bandas – entre elas “Aviões do Forró”  e “Cavaleiros do Forró”:

                  –   Não dá pra dizer que aquilo é forró. Eles deveriam tentar se intitular de outra forma, porque aquilo não tem nada de forró. Não tem identidade. É uma grande mentira.

Verdade.

Grande Severino!