Vem de Brasília, do próprio PT da Ana Júlia a defesa da Usipar, interditada pela Sema desde a última quinta-feira, 13, por uma série de não conformidades ambientais dentre eles: lançamento de efluente diretamente no solo, desmatamento de mata ciliar em Área de Preservação Permanente, estoque de carvão mineral sem origem declarada (a empresa é licenciada para operar somente com carvão mineral) e descumprimento de itens das condicionantes ambientais estabelecida na Licença de Operação.

A empresa tenta confundir a opinião pública ao dizer que o interdito não tem relação com a morte de peixes verificada na área onde opera, no Distrito Industrial de Barcarena. Não tem mesmo: a interdição se deu por outras irregularidades.

Hoje a empresa recebe uma séria de “instituições”, mas na quarta, 12, impediu os técnicos da Sema de realizar seus trabalhos integralmente. Detalhe: só tinham autonomia para obstruir o trabalho do órgão ambiental, mas a gerência alegou não ter autorização para receber os autos de infração aplicados, cinco no total.

Ontem a turma do deixa disso entrou em campo. A defesa partiu de um deputado federal Paulo Rocha, que para pressionar a governadora Ana Júlia alega que o PSDB de Brasília está dizendo que o interdito ocorreu por causa da derrota da CPMF, ou seja, seria uma retaliação ao tucanato. Pode?

O que será que levou à Vale suspender o fornecimento de minério para o grupo Cosipar? Algum motivo político também?

O grupo aposta que a governadora vai se render à pressão que vem de Brasília e determinar a suspensão do interdito. Enquanto isso o meio ambiente…Ora o meio ambiente!