A Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) irão promover o Encontro da Indústria Naval do Pará com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Agentes Financeiros.
O objetivo do evento, que acontecerá no dia 06 de agosto, no auditório Albano Franco, da Federação, é aproximar os empresários da navegação das fontes de financiamento. Desta forma, tanto a Fiepa quanto a Sudam esperam fortalecer a indústria naval paraense, aumentando e modernizando a frota, além de preparar o empresariado local para este novo momento.
“Os estaleiros paraenses vivem grandes dificuldades para a modernização e expansão da frota. São poucas as fontes de financiamento e incentivo para esse segmento produtivo. O setor naval é muito importante para a economia, pois acaba interferindo em outros segmentos produtivos. Sabemos, por exemplo, que o transporte de cargas pelas hidrovias é mais barato e polui bem menos que a movimentação de carretas pelas nossas rodovias. Precisamos fortalecer a nossa indústria naval”, afirmou o presidente da Fiepa, José Conrado Santos.
Com investimentos, a capacidade de transporte anual de grãos pelas hidrovias da Região Norte poderá saltar dos atuais 3,6 milhões para cerca de 15 milhões de toneladas, reduzindo o tempo de transporte e do custo do frete, o que gera impacto positivo na competitividade dos produtos nacionais no mercado externo, além de reduzir o tráfego de caminhões em direção aos portos de Santos, no Sudeste, e Paranaguá, na Região Sul, principais vias de escoamento dos grãos produzidos no Centro-Oeste. (Ascom – Fiepa)
Financiamento
O BNDES financia, atualmente, 14 projetos de logística na Região Norte, com R$ 5,8 bilhões. Os investimentos totais para esses projetos totalizam R$ 10,8 bilhões. Dos financiamentos aprovados, quase R$ 700 milhões são para transporte hidroviário, portos, terminais e armazéns.
No modal hidroviário, o banco financia projetos de construção e reparo de embarcações de portes e finalidadesdistintas, com repasses do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e da linha BNDES Finame, que está operando atualmente sob as condições do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), cuja taxa fixa final é de 3,5% a.a.
Os projetos viabilizam o escoamento da produção agrícola na Hidrovia do Rio Madeira e na Hidrovia Tapajós-Amazonas. Os recursos destinam-se não somente à aquisição de embarcações, mas também à implantação e expansão determinais portuários privados.
Para o encontro com empresários da indústria naval, representantes do BNDES virão a Belém para apresentar todas suas linhas de financiamento para este setor produtivo, incluindo o Fundo da Marinha Mercante, BNDES Automático, Finame, cartão BNDES e o Programa BNDES de Sustentação de Investimentos – PSI, que estimula a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica.
Além de representantes do BNDES, a programação do evento reserva espaço para apresentação e exposições do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Naval do Estado do Pará (Sinconapa), Fábio Vasconcelos; do presidente do Sindicato dos Armadores (Sindarpa), Eduardo Carvalho; e do professor doutor em Engenharia Naval, Hito Braga, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Serviço: Encontro da Indústria Naval do Pará com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e Agentes Financeiros, dia 06 de agosto, às 8h30, no auditório Albano Franco, da Fiepa. Evento aberto ao público.
NB: Esse evento da Fiepa realiza-se em momento oportuno.
A nova Lei dos Portos abrirá licitação e arrendamentos de terminais e áreas portuárias aqui no Pará, estimulando a indústria naval, que há algum tempo estava sem expectativa de grandes investimentos.
Atualmente, a capacidade produtiva anual dos principais estaleiros da Região Norte é de aproximadamente 60 mil toneladas de processamento de aço, segundo as estimativas dos próprios estaleiros. Para fazer frente aos projetos de implantação e expansão de corredores hidroviários, a expectativa de demanda é de cerca de 300 novas barcaças, com capacidade de cerca de 2 mil toneladas cada uma, em até 3 anos.
Essa demanda exigirá investimentos na expansão da capacidade produtiva dos estaleiros, principalmente na aquisição de máquinas e equipamentos. No médio prazo, a capacidade de produção anual deverá chegar a 90 mil toneladas de processamento de aço, ou seja, um incremento de 50% acima da capacidade atual. O investimento necessário para este crescimento é de aproximadamente R$ 136 milhões, segundo estimativas dos principais estaleiros.
Luis Sergio Anders Cavalcante
31 de julho de 2013 - 08:57Hiro, em alguns casos recentes, o dinheiro do BNDES(público) têm sido emprestado a pessoas que o usam para fins excusos e/ou aplicados de forma irresponsavel(vide caso Eike Batista). De olho temos que ficar, pois algumas figurinhas carimbadas de Belém(políticos e ex-políticos), já estão montando seus planos(hidrovia) para estaleiros e afins com dinheiro do povo. Em 31.07.13, Marabá-PA..