O jeito Lula de governar, priorizando o pobre.

Há dois meses, despachando em seu gabinete com o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, olhando atentamente vídeo e fotos do ritmo das obras da ponte sobre o rio Araguaia, ligando os municípios de Palestina, no Pará, e Araguatins, no Tocantins, o presidente avistou, no filmete, barracos montados nas imediações de ambos lados do rio, com movimentado tráfego de motoristas frequentando os casebres, aguardando a travessia da balsa.

          – Esses moradores desses barracos devem ser pequenos comerciantes vendedores de comida na beira do rio, é isso? – indagou Lula ao ministro Nascimento, dos Transportes.

          – Sim, presidente.

          – E esse pessoal, como está a situação de cada família?

           – Já estamos concluindo o processo de indenização, até o final da obra eles serão pagos, sem problema.

          – Sim, a indenização é o de menos, até porque somos obrigados a indenizá-los. Quero saber o que será de cada pai de família depois que a ponte for inaugurada e a parada de carros não for mais obrigatória. Do que eles irão viver, sustentar filhos em casa e na escola? Já tem solução para isso?

Não, o ministro amazonenese, não tinha. Como quase demais outros políticos detentores de mandato que buscam o lado mais fácil de cada situação, sem sensibilizar-se com a questão humana.

Lula determinou a ele buscar alternativas, urgente, com a recomendação de que só vai inaugurar a ponte quando cada família estiver com um futuro delineado.

Essa semana, desembarcaram no pé da ponte, técnicos de uma empresa do Paraná, vencedora da concorrência aberta para levantar a o quadro sócio-econômico de cada dono de barraco com objetivo de destinar-lhes qualificação profissional em diversas áreas, tanto para homens e mulheres.

Ao todo, existem 76 famílias proprietárias de barracos dos lados do Tocantins e Pará, vivendo atualmente às custas da venda de peixe e outros tipos de alimentação, nos pontos de travessia de balsas.

O fato foi narrado ao poster por um deputado federal, que ouviu a história do próprio Alfredo Nascimento, impressionado com a determinação de Lula em proteger os menos favorecidos.

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atualização às 11:20:

Wanterlor Bandeira, ex-vereador e blogueiro em Parauapebas, conhecedor também dos igarpés deste país, em comentário fresquinho, manda urgente testemunho, nem bem o post foi publicado.

Hiroshi meu mano:
Na semana passado vindo de Porto Franco, parei em uma dessas barracas para degustar uma piabanha frita com uma boa farinha de puba. Perguntei para a dona da barraca qual seria o seu destino depois da ponte constituída, ela me falou que não sabia o que fazer, pois estava ali ha mais de 30 anos vivendo de vender peixes fritos. Parece que a solução chegou. Esse Lula é mesmo o cara.