Na estruturação de um texto, o bom é que a gente manuseia palavras, coloca ali, retira de cá, escora adiante, espicha num canto, reduz em outro, e vai fazendo o texto com aplicativos variados.

O encanto das palavras, mais do que sedução, convence.

Pra que algo mais elucidativo da  força das palavras num texto bem escrito do que os esclarecimentos de Paulo Henrique Amorim sobre insinuações feitas por ele a respeito de  Boris Casoy?

A “retratação” de PHA bem que merece ser transformada num case da melhor qualidade destinada a estudantes de Comunicação Social.

Vamos ler o que escreveu Paulo, no rastro de decisão judicial acordada diante de Boris:

Esclarecimentos sobre post a respeito de Boris Casoy

Conforme Acordo Judicial homologado pelo MM Juízo do Juizado Especial Criminal do Foro Central da Comarca da Capital – SP nos autos da queixa-crime no. 050.10.041378-1 proposta por Boris Casoy em face de recente post aqui do Conversa Afiada que menciona o jornalista Boris Casoy, passo a fazer os seguintes esclarecimentos:


1) Sobre o título do post.

Não disse nem poderia dizer que o Sr Casoy foi ou é torturador. Apenas, disse numa sequência de posts sobre a instalação de um Conselho de Defesa dos Direitos Humanos, que aqueles que se opunham à instalação faziam o papel de defender quem defende a tortura.

O que está longe de significar que o Sr Casoy pudesse longinquamente ser um torturador ou defensor de torturadores.

2) Sobre a expressão “fúria fascista”.

“Fascista”, aí, não é substantivo, mas adjetivo.

Portanto, o que eu quis dizer é que o Sr Casoy defendia suas idéias com “fúria”.

O que não é bom nem mau.

Mas, entendo perfeitamente que ele se sinta ofendido com o emprego do “fascista” como adjetivo.

O que também me incomodaria, embora não considerasse motivo para abrir uma ação criminal.

Porém, em respeito à reação deste reputado jornalista, retiro, aqui, a expressão.

Até porque não considero que ele seja fascista.

3) Sobre a filiação ao CCC, Comando de Caça aos Comunistas

O post reproduziu reportagem da revista “Cruzeiro”, que relaciona o Sr Casoy como membro do CCC.

Eu ignorava que Sr Casoy desde sempre tivesse desmentido essa filiação – tendo conhecimento desse desmentido apenas posteriormente à publicação do post, conforme foi reiterado na audiência de conciliação.

Assim sendo, reitero, agora, que o Sr Casoy nega que tenha pertencido ao CCC.

E, portanto, não voltarei a fazer essa ligação.

Comprometo-me a publicar tais esclarecimentos no site Conversa Afiada, com o mesmo destaque.

Paulo Henrique Amorim

Comentário do blog: não é aquele negócio típico do “dito pelo não dito”?