Um grupo de pais de recrutas que participaram do Estágio Básico do Combatente de Selva (EBCS) 2020, conhecido popularmente como “Operação Boina”, estão pressionando o comando do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS) pedindo informações sobre os filhos.

Segundo o grupo, os recrutas participaram do treinamento durante uma semana e na manhã de sábado, 22, deveriam ter participado da cerimônia de formatura e retornado para as casas.  Mas a cerimônia foi cancelada e o motivo seria um castigo dado aos jovens por conta do sumiço de uma arma de propriedade do exército, durante o curso.

Sem muitas informações, o grupo que foi até a sede do comando para participar da cerimônia, permaneceu no local durante todo o dia. Já era noite quando, revoltados, os pais fecharam a rodovia BR-230, nos dois sentidos, para pressionar o Batalhão a dar detalhes sobre as condições físicas e de saúde dos recrutas.

Uma negociação foi feita entre dois pais e um oficial, para que eles adentrassem a sede e conferissem a situação dos jovens e repassarem informações aos demais pais.

Uma equipe do jornal local Correio de Carajás, esteve na sede do Comando. A eles um dos presentes relatou que havia a informação de que um grupo de cinco recrutas teria ingerido querosene e passado mal, sendo levado para o Hospital da Guarnição, em Marabá.

Em nota, o 52° BIS confirma o desaparecimento de objetos, entre eles um armamento, e diz que os recrutas estão bem.

“O 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS) está conduzindo o Estágio Básico do Combatente de Selva (EBCS) 2020 para os militares do efetivo variável. O término das atividades do Estágio, inicialmente previsto para esta data, quando seria realizada solenidade de encerramento do EBCS e a entrega da boina aos militares com a presença de seus familiares, fui suspenso tendo em vista que nem todos os objetivos da instrução dos recrutas foram atingidos”, diz a nota.

“Foi verificado, ainda, durante a conferência dos materiais de emprego militar, que se encontra extraviada uma pistola pertencente ao Exército Brasileiro que estava sob tutela de militar do 52º BIS. Tão logo verificou-se a falta do armamento foram desencadeadas todas as medidas visando sua imediata recuperação. Todos os militares participantes das atividades encontram-se apoiando no vasculhamento da área do exercício a fim de localizar o armamento, estão em bom estado de saúde e as famílias foram devidamente avisadas sobre a suspensão da formatura de encerramento do EBCS. Tão logo as buscas sejam encerradas, a tropa retornará para o aquartelamento e será liberada”, complementa o 52º BiS no posicionamento.(Correio)