A situação no Judiciário de Marabá está braba.
Muito braba.
Essa é a avaliação de advogados que militam no fórum da cidade, comentando para o blog a carência de novos juízes e promotores.
Principalmente, na área Cível, há necessidade de o Tribunal de Justiça viabilizar novas Varas.
“Para se ter ideia da dificuldade de nossos juízes darem cabo de suas obrigações, há Varas com o acúmulo de mais de 15 mil processos. Temos somente três Varas, e necessitamos de pelo menos mais duas ou três”, explica o advogado Odilon Vieira.
E ele está coberto de razão.
Pra exemplificar: o juiz Cristiano Magalhães (foto), é titular das duas Varas de Juizado Especial Cível e Criminal de Marabá, além de ser diretor dos Fóruns de Marabá e de Itupiranga, onde o mesmo juiz está substituindo o titular daquela Comarca.
“O TJE criou mais uma Vara do Juizado Especial, as duas agora ocupadas pelo mesmo juiz. Esse caso do doutor Cristiano é a mesma coisa que eu criar um batalhão de 500 homens e dividi-lo em dois, com 250 homens cada um”, arremata Odilon, acrescentando haver dificuldades também na área do Ministério Público.
“O Ministério Público está com carência na área criminal. É preciso que a Procuradoria-Geral do MP olhe com mais acuidade esse setor. A falta de juízes e promotores acarreta uma série de problemas e compromete a prestação jurisdicional. Além dos advogados, que têm seu trabalho comprometido, o cidadão acaba sendo o maior prejudicado com a ineficiência da Justiça”, finaliza o advogado.
Além de Cristiano Magalhães, acumulando várias funções ao mesmo tempo, os juízes César Lins e Maria Aldeci também estão sobrecarregados de processos, acumulados em suas Varas próximos a trinta mil.
Problemas graves vem ocorrendo, também, na área de justiça previdenciária.
O blog levantará as demandas ali existentes para trazer a público.
Bernard
1 de julho de 2015 - 20:34O pior é que além de faltar, a maior parte dos que têm são os famosos TQQ…
Bernard, raivoso o seu comentário. O que há por trás dessa sua sigla? Algum problema de ordem interna? Ora, sejamos justos com quem trabalha para “destravar” processos que se acumulam por falta de novas varas. Decidi publicar seu comentário apenas para lhe dar esta resposta.
João Dias
1 de julho de 2015 - 13:47O JUDICIÁRIO – falta juiz, sobra trabalho
Magistrados do Rio de Janeiro ocupam primeiro lugar no ranking de maior carga de trabalho no país. Carência de mão de obra faz com que acúmulo cresça cada vez mais.
É um problema nacional. Aqui no Rio de Janeiro, é até um pouco mais grave. A 10ª VF está sem juiz de longa data, sem que se possa precisar, quando será designado o magistrado(a). Enquanto isso, o autor está desesperado.
Para tentar suprir a falta de magistrados e preencher as vagas ocupadas pelos acúmulos, o tribunal comprometeu-se a abrir concursos anuais para magistrados. No entanto, os números de aprovados estão ainda muito abaixo da demanda.
Nas quatro últimas provas passaram apenas 27, 21, 37 e três juízes – concursos XLV, XLIV, XLIII XLII, respectivamente – num universo de mais de cinco mil candidatos em cada.