Na entrevista do vereador Nagib Mutran Neto (PMDB) ao Correio do Tocantins onde ele declara ter informações seguras de que a Vale teria desistido de construir a Alpa (declaração prontamete desmentida pela mineradora), duas passagens da fala do presidente da Câmara Municipal soaram exageramente fora da realidade, analisando-se os fatos recentes envolvendo a questão.
A primeira, quando ele diz que a empresa “Aço Cearense estaria pronta para transferir o projeto Aline para o Ceará, onde o grupo tem sua base principal” -, é de um terrível vício de desinformação. Esquece o vereador que a Sinobrás (titular do investimento Aline) tem técnicos de diversos países trabalhando o projeto em Marabá, com altos custos de continuidade, sem levar em conta, ainda, o efeito financeiro devastador de uma “transferência” de projeto de tal magnitude, elaborado até agora num planejamento voltado às características próprias do município.
A outra declaração conflituosa refere-se à afirmação do vereador, baseada, segundo ele, no que lhe dissera uma fonte da própria Vale, segundo a qual “o novo presidente da mineradora, Murilo Ferreira, não é favorável à Alpa, mas sim à implantação da siderúrgica do Pecém, no Ceará”.
Para o país inteiro, entrevistado pela jornalista econômica Miriam Leitão, no programa “Espaço Aberto”, da Globo News, Murilo Ferreira disse exatamente o contrário, ao defender os investimentos da Vale nos dois projetos siderúrgicos de Marabá e Pecém. “Os investimentos desses dois projetos estão mantidos pela nova presidência da Vale”, disse Ferreira, acrescentando que estaria enviando ainda este ano para o Conselho de Administração a proposta orçamentária para a Alpa”, disse, com todas a letras, Murilo.
De repente, a entrevista de Nagib não deve passar de um “factóide castanheiro”.
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Atualização às 09;10
Conforme a Vale declara em sua nota, o lote 11 citado no texto de esclarecimento, é um pedaço de terra de propriedade do empresário Eduardo Barbosa que se encontra em litígio. Eduardo não concorda com os valores indenizatórios definidos pelo governo para pagamento da desapropriação, pleiteando direitos na Justiça. Como só falta esse pedaço de terra do Lote 11 para a Alpa concluir a terraplenagem de projeto, as obras pararam nesse ponto.
A nota da vale não deixa dúvidas quanto a isso.
Marabá
21 de setembro de 2011 - 10:48Esqueci de dizer: é só cassar a licença junto ao DNPM, pois aquela água nucna que vai ser mineral, e a sua extração se dá de forma inadequada.
E a desapropriação tem de ser feita sim no juizo estadual.
Marabá
21 de setembro de 2011 - 10:46A situação pode ser resolvida bem mais facil do se imagina. A água mineral Carajás é uma das piores que já apareceu em Marabá, e já inclusive objeto de denúncia e fiscalização da Vigilancia Sanitária do Município, onde a água era coletada demonstrava nenhum respeito as leis sanitárias, os garafões eram limpos com aqueles limpadores de vaso sanitário ou de diferente forma, tudo manual. Uma vergonha.
O Sr. Hiroshi pode confirmar essas informações no procedimento administrativo que se encontra na Vig. Sanitária de Marabá, e inclusive teve sua cópia enviada à Justiça Federal de Marabá.
Nagibinho
20 de setembro de 2011 - 11:21O presidente da Câmara de Vereadores de Marabá deveria estar mais bem respaldado por assessores. Não se toma uma “barriga” dessas. lançando no espaço um factóide desta natureza. Desmoraliza um poder inteiro. Que foi desmentido na pessoa de seu presidente. É lamentável. Mas Nagibinho precisa mais de apoio, atualmente, os que dispõe são incompetentes e caipiras.
Claudio
20 de setembro de 2011 - 10:16Hiroshi, Para esclarecimento.
Em questão de desapropriação não há o que questionar como, voce frisou sobre o lote 11, nada além do valor pois a desapropriação é irreversivel. O dono da propriedade somente poderá brigar na justiça sobre o justo valor da area o que não ocorreu durante a primeira visita dos tecnicos da seop so governo da ana julia onde beneficiava apenas 2 empresarios de marabá, que todos nós conhecemos e foi assunto de midia nacional.
A questão deste lote é que naquela area funciona uma industria de extração de agua mineral, com licenças estaduais e principalmente do governo federal atraves do dnpm. Agua é fonte inesgotavel e uma questão de meio ambiente hoje em dia, regulamentado pela ANA – agencia nacional de aguas.
A questão toda gira em torno da empresa que lá esta sediada e o governo simao jatene está tentando surrupiar uma empresa com mais de 40 funcionarios que tem a concessão do subsolo.
A situação parece complicada mas não é. A justiça estadual não pode dar a area (imissão na posse) para o estado e este para a Vale pois existe esta questão do direito de lavra.
O certo seria que este processo fosse analisado pela justiça federal.
Bianca
19 de setembro de 2011 - 19:16Não acredito que a ALPA não ficará em Marabá, já existem muitos investimentos da Vale, e a Vale não joga dinheiro fora, meus senhores.
O que existe é muita especulação por parte das autoridades, ansiosas em usufruir dos lucros da empresa que tanto criticam.
As condicionantes para a instalação da ALPA são enormes, os funcionarios da empresa estão se virando nos trinta para conseguir tocar o investimento. Os vereadores por sua vez, resolveram aumentar as condicionantes, querem cada um tirar uma casquinha. Não percebem que estão criando dificuldades para o que já está dificil de acontecer, querem que a Vale assuma a administração pública de Marabá.
A Vale não pode carregar toda cidade nas costas, e nossos impostos para onde estão indo? O poder público é o poder público e a Vale é a Vale, não misturem as coisas.
Deixem as coisas acontecerem, acalmem-se senhores, o que é nosso não será tirado de nós.
Muita afobação poderá atrapalhar negociações complicadíssimas, existem pessoas agindo para que o melhor venha para Marabá. Acreditem, é verdade.
Luis Sergio Anders Cavalcante
19 de setembro de 2011 - 15:52Nesse particular concordo com o posicionamento petista. Aliás, essa situação hoje da Vale, independente – muito mais do que deveria – é uma das facetas negativas oriundas da “venda” da então estatal (CVRD) realizada no governo tucano Fernando Henrique Cardoso para a iniciativa privada. Que se retorne a Vale para o controle do Estado. Assim como a Celpa, guardadas as devidas proporções. Em 19.09.11, Marabá-PA.
Carlos
19 de setembro de 2011 - 10:53Alexandre, você não deve ser empresário ou muito menos participar de conversas com os mesmos, todo mundo sabe que ninguém ganha dinheiro prestando serviço para a Vale. As exigências são de padrões internacionais e o pagamento demora uma eternidade para ser feito. Veja quantos empresas já “quebraram” prestando serviço para a Vale. A vale é uma empresa privada com lucros recordes, acha mesmo que alguém “mama” na teta dela? brincadeira
marcos
19 de setembro de 2011 - 09:29ILUSTRISSIMO SR DR HIROSHI!
É triste ter autoridades municipais como temos!
É triste chegar aos cinquenta e ver nossa cidade rica e um povo pobre.
É triste ver cada dia mais uma cidade rica, com vereadores com carros alugados a um
preço carissimo pela camara dos vereadores e os mesmos ao inves de correr atras de
mais investimentos publicos e privados, procurarem é denegrir a os que aqui se instalam com factoide.
Nossa cidade precisa é de trabalho, de obras publicas e de muito mais muito investimento para que no futuro possamos ter orgulho de ser a CIDADE MAIS RICA E LINDA DO NORTE!
Alexandre
19 de setembro de 2011 - 09:21Gostaria de saber onde estão os investimentos feitos pela Alpa, em Marabá? Pois bem, cito alguns: As condicionantes para a instalação do projeto, acordadas e assinadas pela direção da empresa, não foram cumpridas, e nem serão. Onde estão os 30 mil empregos publicados nos meios de comunicação a nível nacional?
O polo metal mecânico, tanto alardeado pelas mineradoras, tem sim, grande chance de não ser implantado em Marabá. E isso, o Sr. Zé Carlos deixou bem claro em uma sessão na Câmara dizendo que, a classe política deveria ter atenção, quanto à instalação do polo metal mecânico. Ora, a Alpa só tem viabilidade econômica para Marabá com a implantação do polo. Caso contrário, o ônus será desastroso para o município. Pelo menos para a grande população. Quanto aos empresários que sempre mamaram nas tetas de vale, enquanto a população sofre as calamidades de uma invasão coletiva, deveriam peitar e pedir esclarecimentos prontamente a mineradora. Já vimos esse filem antes. Promessas da Vale, não passam de palavras ao vento