Às 15 horas desta terça-feira, 10, quando assumir o Ministério de Integração Nacional, o engenheiro Antonio de Pádua (foto) deverá ser respaldado por bancadas federais de muitos estados.

Pelo menos é o que se pode deduzir da reação de senadores que participaram recentemente de audiência da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), ocorrida dias atrás, no Senado,  e que teve gravação do encontro reprisada na noite desta segunda-feira, 9,  na TV Senado,.

Este blogueiro, casualmente, assistiu ao debate que teve como principal personagem o ex-ministro Helder Barbalho, convidado a prestar esclarecimentos sobre as obras de transposição do rio São Francisco.

Fazendo exposição de detalhes da evolução e dos problemas da obra que tenta levar água para diversos estados do Nordeste, Helder Barbalho foi diversas vezes aparteado para pedidos de informações.

Nesses apartes, o nome de Antonio de Pádua, que ainda dirigia a Secretaria de Infraestrutura Hídrica,órgão do MIN responsável pela execução da transposição, foi citado por membros da CDR.

A presidente da comissão,  senadora Fátima Bezerra (PT/RN), destacou o esforço de Pádua para evitar que operários das obras entrassem em greve, prejudicando o ritmo dos trabalhos, durante recente manifestação em alguns trechos da transposição.

Em outro aparte,  a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), ao elencar a Helder Barbalho que as previsões de recursos do governo são insuficientes para o projeto de revitalização do rio São Francisco e que a oferta hídrica do rio é incerta a longo prazo, destacou o esforço de Antonio de Pádua para equacionar problemas setoriais da obra.

Na entrevista que concedeu à TV Senado logo depois da audiência na comissão, Lídice da Mata disse que havia conversado com Pádua dias antes, ouvindo dele a preocupação de que “não há como falar das obras no São Francisco sem falar das obras sociais e das ações de revitalização”.

Modo geral, quase todos os membros da CDR destacaram a “determinação firme e operacional” do então Secretário  de Infraestrutura Hídrica na gestão da transposição.

Elmano Férrer (PMDB), senador do Piauí, lembrou de encontro que teve com Antonio de Pádua, na secretaria Hídrica, ouvindo deste “ampla explicação sobre  a evolução de trechos da obra que está levando águas do Velho Chico para mais de 7,1 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.”

Pelo que se pode acompanhar nos debates da audiência da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, e de depoimentos à TV Senado, os congressistas depositam  confiança na capacidade gerencial do engenheiro Antonio de Pádua.

Até o presente momento, não houve registro na imprensa de contestação da classe política à nomeação do ex-secretário de Obras de Marabá para o Ministério da Integração Nacional, colocado no cargo a pedido do ex-ministro Helder Barbalho.

De oposição, apenas especulações em alguns setores da blogosfera paraense dando conta de que o senador Jader Barbalho teria articulado para emplacar o nome do ex-senador Luiz Otávio no lugar de seu filho, sem sucesso.

Esse informe, no entanto, talvez por ser apenas informe, não se confirmou em  nenhuma outra esfera.

Antonio de Pádua assumirá o Ministério da Integração Nacional, logo mais, sob as bençãos não apenas de Helder e de congressistas.

O próprio presidente da República Michel Temer teria feito elogiosos comentários a Helder Barbalho sobre a atuação de Pádua na Secretaria de Infraestrutura Hídrica, principalmente depois de constatar prazos  do cronograma da transposição do rio São Francisco, previamente elaborados e cumpridos.

Durante solenidade de entrega da Estação de Bombeamento do Eixo Norte do projeto de transposição do Rio São Francisco (foto acima), em Cabrobó (PE),  em  fevereiro último,  o presidente da República reservou elogios ao então titular da Secretaria de Infraestrutura Hídrica pela entrega do benefício.