O dia amanheceu à beira do Tocantins meio nublado. Parecia até que ia chover. Do outro lado do rio, a praia se traduz em porto de quebra-ondas dos banzeiros dos barcos que já trabalham num leva e traz de gentes. Penso em atravessar o rio, mas curvo-me aos compromissos pendentes. Quando o dia amanhece em épocas de praia, o rio é um convite a tudo. Porque nele você pode misturar-se a encantos e tentações relevantes. Mergulhar literalmente.
De dentro do carro, o olhar busca o infinito a esconder-se depois da curva no final da praia. Bem ali tem um lugar chamado “Taboca” onde se prepara uma galinha caipira feito na hora pela dona da casa, simples e atenciosa (não sei o nome dela, fico devendo). Fica do outro lado da cidade, bem abaixo dela.
Ao meio-dia, prometo a mim mesmo, vou dar uma esticadinha até a “Taboca”, esquecer o blog e a vida do lado de cá. Porque eu sei que do lado de lá, mora o sossego. E eu quero sossego.