Desde “o tempo que Dom-Dom jogava no Andaraí”, sabe-se, governadores nomeiam seus apadrinhados para os tribunais de contas.

Isso vem da época em que  o Governo Provisório Republicano baixou decreto elaborado por  Rui Barbosa, passando a constar do texto constitucional da primeira Constituição da República, em 1890, a criação dos tribunais de conta.

Por aí passaram governantes como  Moura Carvalho, Abel Figueiredo, Zacarias de Assumpção,  Catete Pinheiro, Magalhães Barata, Aurélio do Carmo, Jarbas Passarinho, Alacid Nunes,  Fernando Guilhon, Aloísio Chaves, Jader Barbalho, Hélio Gueiros, Almir Gabriel, Simão Jatene, Ana Júlia – só para citar alguns.

Todos, sem exceção, fizeram nomeações  de conselheiros chamados de “seus”.

Agora, ao deparar com o estardalhaço de senões a indicação de Sérgio Leão, pelo governador, para o Tribunal de Contas dos Municípios, resgata-se  um festival de hipocrisia.

Todos correram no mesmo procedimento.

Para  evitar o que se passou a chamar de “casuísmo”, quando não se beneficia dele,  somente mudando a lei.