Observador da operação de fiscalização em pátios de serraria em Tailândia conta que não foi bem digerida pelos fiscais do Ibama a operação integrada com seus colegas da Sema. Experientes, os fiscais do órgão federal, que possuem quase duas dezenas de anos de experiência em operações nas costas, fizeram tudo para dificultar e colocar para escanteio a atuação dos fiscais da Sema.

Diziam que iam para um rumo e seguiam para outro, fizeram inclusive defesa veemente de empresas que não deveriam ser fiscalizadas, sob a alegação de que elas estariam regulares, mesmo sem terem checado a papelada. Não faltaram comentários maldosos na cidade, incluindo a cobrança de dividendos para fazerem vista grossa. Conta a rádio cipó, que a oferta ficou na casa dos R$ 30 mil. Jura, porém, que a empresa teria recusado a provocação.

Saída pela esquerda
É fato que na hora em que se negociou uma saída de emergência dos fiscais (do Ibama e da Sema), que ficaram impedidos de ir e vir dentro de uma serraria, os do Ibama, milagrosamente (ou seria espertamente?) conseguiram escapar rumo à Belém. Já os da Sema se perderam no labirinto dos ramais e demoraram horas para chegarem em um destino em que se sentiam minimamente seguros. Porém o rumo era outro: Sudeste do Estado. Deixaram para trás todos os seus pertences. Saíram de Tailândia como se fossem os bandidos da história.

Inversão de valores
Já os verdadeiros praticantes dos ilícitos afrontavam a opinião pública, usando como escudo a informação de que “famílias estão passado fome” e que a ação governamental vai gerar desemprego, numa safada tentativa de justificar o crime que praticam. É de se perguntar: as serrarias que operam ilegalmente em Tailândia foram instaladas no dia do início da operação? Não foram poucos os veículos de comunicação que embarcaram nessa.