O faz-de-conta da política educacional aplicada durante doze anos no Pará pelos governos tucanos, e que foi responsável por colocar o Estado na triste situação de um dos piores do país – segundo o Ideb -, é exemplificado pelo prefeito de Parauapebas, que antes de entrar na política era educador naquele município.
À falta de professores nas escolas do Estado, conta Darci Lermen, os raros contratados repetiam durante os meses subseqüentes a mesma nota dada no início do ano aos seus alunos. A estratégia visava não prejudicar ainda mais os estudantes que ficavam grande parte do ano sem aula por incapacidade da Seduc de colocar professores nos estabelecimentos educacionais.
Em outras palavras, os professores fingiam que avaliavam seus alunos e estes, por efeito de gravidade, fingiam também aprender alguma coisa.