Quem se recorda do caso do promotor de Marabá acusado de disparar cinco tiros de pistola 7.65 contra a esposa, no meio de entrevero do casal, em fevereiro de 2008?

Do jeito se previa, depois daquela famosa entrevista do acusado, promotor José Luiz Furtado, ao Correio do Tocantins, aconteceu: quem vai pagar o pato são as delegadas Claudia Eli Seixas e Sílvia Mara – então Superintendente de Polícia Civil do Sudeste -, além dos policiais integrantes da força-tarefa que foi até a residência do casal investigar a denúncia de tentativa de assassinato feita pela suposta vítima dos tiros, Maria Odinéia Rodrigues Farias.

Instaurado inquérito à época, pelo Ministério Público, a conclusão enviada à Justiça foi de que os policiais invadiram a casa do promotor, sem ordem judicial, praticando abuso de autoridade.

Convencido da denúncia formalizada pelo MP, o juiz Cristiano Magalhães notificou as delegadas Silvia Mara, Claudia Seixas e demais agentes da Polícia Civil a apresentarem defesa no prazo de quinze dias.

De nada adiantaram o registro de ocorrência feito pela esposa do acusado e o cenário de terra arrasada pontuado em diversos cômodos da casa, onde despontavam litros de uísque vazios e um arsenal para todos os tipos e gostos.