Informe JB, de segunda-feira, 8:

O MP Federal e o INCRA pediram à Justiça que autorize urgente a mudança de uma comunidade quilombola  em Santarém, do Pará, para uma região mais alta. Vivem numa ilhota, à beira de um rio cuja água vem subindo e engolindo plantações. Tudo por causa da erosão de barrancos.

As preocupações das autoridades são procedentes. E bem intencionadas.  

Só um detalhe.

Ribeirinho não se dá bem em lugar nenhum que não seja ali, rés, bem pertinho, rente, sentindo o cheiro da água, ouvindo o ronco do remo do jacumã empurrando canoa contra a correnteza.

Quem quiser matar um ribeirinho de banzo, basta afastá-lo do rio.

Ele prefere ser engolido pelas águas das cheias, do que virar retirante de beira de estrada.

Como aconteceu com muita gente moradora da antiga Jacundá,  às margens do Tocantins, antes da formação do Lago de Tucuruí,  removida depois pela Eletronorte para viver na atual sede do município, na PA-150.

Umas ficaram doidivanas, andando a esmo pela cidade que nem zezeu; outras morreram de tristeza.

Se for pra remover, façam para outra área ribeirinha mais segura.