Somente os menos informados não sabem quem verdadeiramente está por trás da bandalheira de destinar sumiço aos processos envolvendo gente graúda das gestões tucanas. Dentro do Ministério Público do Pará, vozes baixinhas e medrosas, sussurram. Há muitos quês de detalhes e a certeza de que as pegadas de seus autores são inconfundíveis.
Nem precisam perder noites de sonos, os promotores de Justiça Nelson Pereira Medrado e Acenildo Botelho Pontes, autores de providências protocoladas no Conselho Nacional do Ministério Público, em Brasília. Basta apertar, aqui e ali. Aos poucos, as digitais começarão a surgir, como fonte brotando filetes de água nas cordilheiras.
Por debaixo do tapete, há um dos maiores escândalos nacionais até pouco tempo adormecido. Se descer um pouco mais os degraus da podridão, cadáveres serão descobertos.
A ‘sensação de insegurança’ nos valores éticos e morais da Justiça pode estar com seus dias agonizantes. Pelo menos é esse o sentimento repassado à sociedade pelos dois promotores ao decidirem descobrir os criminosos que deram fim nos processos.